Disclosure em LA: o show completo e uma resenha exclusiva

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* Mais cedo, falamos aqui da dobradinha insana e ao vivo do Disclosure com Sam Smith, ontem, em Los Angeles. Daí que o leitor Eric Siqueira fez contato com a Popload e disse ter ido ontem ao show. Ele, brasileiro que atualmente mora em San Diego, destacou a energia do público no primeiro show de arena do duo inglês nos Estados Unidos, numa espécie de início de novo patamar do Disclosure na América do Norte, mercado musical tão arenoso para quem é de fora. As impressões do Eric e o show completo podem ser vistos abaixo.

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* 29 de Setembro, Los Angeles Sports Arena – 10 mil pessoas foram em uma catarse coletiva. O Disclosure não tocava na cidade desde 2013, onde se apresentou no Fonda Theater, uma casa de shows histórica dos anos 20 em Hollywood, com capacidade para 1200 pessoas.

Nas últimas semanas só se falava de Disclosure pela cidade toda (pela Califórnia toda na verdade), desde que foi o único show na West Coast nessa tour. Previamente anunciaram apenas duas datas, LA e NY, ampliando depois para 14 datas nos EUA e Canadá, segundo eles a primeira tour em arena deles, big deal. Toda a expectativa gerada em torno do show e do (maravilhoso) álbum lançado sexta-feira passada foram superadas de uma maneira surreal, única e muito poderosa.

Fiquei impressionado em como Disclosure cresceu desde que os vi no Lollapalooza Brasil, demonstrando muito mais maturidade no palco e levando a plateia na mão. Ao fim de White Noise, música de abertura, o público já estava entregue e disposto a dançar até rachar o chão da Los Angeles Sports Arena. Uma metralhadora de hits, público cantando junto todas as músicas do Settle e boquiaberto com as performances das novas músicas.

Jaded, Nocturnal, Holding On e Magnets, recém lançada em vídeo com a Lorde, levaram o público ao delírio, nem uma semana depois do lançamento do álbum. Todo mundo parecia que estava ouvindo musicas que amava há décadas. Porém, a música não foi a única coisa que tornou esse show tão especial. Os meninos estão agora com um palco de fazer inveja à Madonna.

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Vale ressaltar que tinha acabado de ver Grace Jones dois dias atrás. Então, para o Disclosure me impressionar ainda mais, é porque levaram a cenografia além. Telões de LED tridimensionais, luzes que moviam em todas as direções, com direito até a uma base que os erguia no meio de um solo de guitarra. Tudo muito fino e elegante.

E o que seria Disclosure sem seus featurings, não? Isso torna o álbum ainda mais especial. E quando esses feats ocorrem ao vivo, o coração chega até a bater mais forte. Levaram a incrível Lion Babe (um dos atos a abrir o show) para tocar Hourglass. E como essa menina tem talento! Brendon Reilley também deu um show em Moving Mountais.

Porém nada, eu digo nada, vai superar o momento em que Sam Smith surge no palco. Nos 3 segundos entre ele aparecer, todo mundo notar o que estava acontecendo, e começar a correr o mais perto possível do palco, nunca vi tanto celular sendo apontado pra uma mesma direção. Sam cantou a maravilhosa Omen, levando o público a um estado de elevação espiritual, arrisco dizer. E claro, finalizaram o show com Latch, deixando até os mais blasés (ou menos empolgados, na verdade), cantando em voz alta e com o coração cheio de emoção.

Quando o show terminou, só conseguia ouvir uma frase em repeat ser dita por todo mundo: “esse foi o melhor show da minha vida”. Nunca vi o público americano tão animado e tão feliz saindo de um show. Uma hora e meia que de certa forma consolida a carreira do Disclosure e os leva a um novo patamar que nem eles acreditavam que chegariam tão rápido, de tão visivelmente emocionados que ficaram. Vida longa, Disclosure! E volte logo!

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