Apenas aceite. Disco novo do Kings of Leon é bem bom

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* Na calmaria do fim de semana de lockdown, tirando aquele período turbulento emocional do domingo das 18h às 20h, ouvimos melhor o álbum novo do hoje velho grupo Kings of Leon. O “When You See Yourself”, o oitavo disco, lançado sexta passada.

Ouvimos uma, duas, várias vezes para acreditar e chegar a este post na segundona para dizer com segurança. O novo trabalho da família Followill, que surgiu lá no novo rock de 2003 com apadrinhamento dos já gigantes Strokes (foi a turma do Julian que “exigiria” o Kings of Leon no Tim Festival de 2005), é beeeeeem decente.

Depois de um álbum de estreia iluminado e os três seguintes com ótimos momentos, a banda caiu numa vala criativa e se tornou enjoativa, repetitiva e desinteressante. Os singles bons secaram. E o grupo de Nashville, no Tennessee, ficou estagnado nos anos 2000, vivendo a década passada toda à custa dos antigos hits nas apresentações ao vivo. O que na verdade, para eles, não importavam muito, uma vez que ocupavam lugares cada vez maiores em line-ups de festivais pelo mundo. Então era só parar de lançar disco novo, como o fizeram com “Walls”, de 2016.

Bom, agora veio a esperta retomada… Na real, os dois primeiros singles do disco novo, “The Bandit” e “100,000 People”, lançados em janeiro, já davam uma pista que a maré criativa e o gás da banda tinham mudado, para melhor, principalmente pelo primeiro. A gente até chegou a elogiar ambas por aqui, em posts rápidos.

Voz madura e controlada de um Caleb adulto, guitarras indies espertas com protagonismo na canção, bateria tocada com sentimento e canções pegajosas. Até as baladinhas, que por muito tempo levaram o KoL a virar mais uma “banda de menininhas” e muitas vezes fizeram a banda patinar na mesmice, estão boas de novo.

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A gente cita três destaques do novo Kings of Leon, para além dos singles. As faixas “Stormy Weather”, “Golden Restless Age” e “Time in Disguise”, uma trinca de respeito de “When You See Yourself”, se você é um dos que não desejam mais perder com os Followill. Vai nessas direto para ver se o ranço acaba. Ou diminui.

Curiosos, fomos por aí para ver o que acharam do disco, em lugares variados. Na Inglaterra, o “NME” deu quatro de cinco estrelas e disse que “the riffin’ and ruminatin’ rockers are back”. O “Guardian” não foi tão entusiasmado e tascou duas estrelas. A “roqueira” revista “Louder” se empolgou, com 4 estrelas de 4. “A time capsule from the pre-pandemic age, Kings Of Leon’s eighth album When You See Yourself remains remarkably relevant”.

Ainda em UK, a esperta “DIY Mag” deu cautelosas três estrelas de 5: “An album that, though not without its fillers, feels like they’re having more genuine fun than they’ve had in years”. O “The Line of Best Fit” não caiu como a gente caiu. Deu nota 4 (a aferição deles vai até 10) e disse que a banda continua mofada no tempo.

Nos EUA, a “Rolling Stone” deu 3,5 em 5, ainda que falando que o disco é “sutil e surpreendente”. A preguiça adquirida pelos últimos discos pelo Kings of Leon segurou a nota. Os sites “Consequence of Sound” e “Pitchfork” ainda não se pronunciaram sobre o caso, haha.

Apesar do nosso título lacrador, queremos muito ouvir o que você acha.

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1 comment

  1. Essa última aí é legal!
    Revista tal deu tal nota…a opinião de um crítico não define a opinião da revista!

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