Popnotas Discos – O álbum diferentão do Duran Duran. A esperada volta do Black Pumas. E a loucura eletrônica do King Gizzard & the Lizard Wizard

*** Um dos maiores expoentes da cultura pop dos anos 80, o grupo inglês Duran Duran segue se reinventando e batendo ponto em estúdio. No dia de hoje, a turma liderada pelo distinto Simon Le Bon lançou o esperado “Danse Macabre”, disco diferentão que reúne sons inéditos e homenagens para Talking Heads, The Specials, The Rolling Stones, Siouxie and the Banshees e Billy Eilish. Diferentão, especialmente, porque o projeto foi inspirado no Halloween, e criado depois da banda realizar um show temático no ano passado, em Las Vegas, com direito a identidade visual gótica e diversas covers mais divertidinhas, numa mistura de humor e terror. “Aquela noite nos deu um gatilho para nos explorarmos mais”, resume o tecladista e fundador do grupo, Nick Rodes. Nomes como Nile Rodgers e Victoria De Angelis (Maneskin) estão entre os convidados. Ex-guitarristas do Duran Duran, Andy Taylor e Warren Cuccurullo também estão creditados no projeto.

*** Com 10 músicas novinhas e após quatro anos de uma longa espera, o espertíssimo duo Black Pumas, que é rock, R&B, soul, folk, música latina e outros diversos gêneros mais, lançou nesta sexta-feira “Chronicles of a Diamond”, projeto que enfim chega para nos mostrar a quantas andam Eric Burton e Adrian Quesada no primeiro passo sonoro desde o elogiadíssimo disco de estreia homônimo, que saiu em 2019. Puxado pela bombada “More Than A Love Song”, que não para de tocar nas principais rádios da gringa, especialmente na América, o disco é guiado por letras que falam de “poder, paixão e originalidade”. A obra toda em si foi produzida pela própria dupla, que contou com alguns parceiros acidentais tipo os premiados John Congleton e Shawn Everett. Menção super honrosa para a baladaça acústica, “Angel”, faixa 5.

*** A adorada e complexa banda australiana King Gizzard & the Lizard Wizard chegou mais uma vez para nos confundir e entreter com “The Silver Cord”. Dizem eles, projeto totalmente influenciado por música eletrônica clássica e bandas como Kraftwerk. Tanto que o disco chega em duas versões: uma mais resumida, que dura pouco mais de meia hora, e outra “Extended Mix”, triplicando a duração. “The Silver Cord” é o disco de número 25 (!!!) da turma de Melbourne, que fez sua estreia em 2011 (faça suas contas). E é também o segundo álbum só em 2023, sucedendo o ótimo “PetroDragonic Apocalypse; or, Dawn of Eternal Night: An Annihilation of Planet Earth and the Beginning of Merciless Damnation”, lançado no primeiro semestre. Anotou a placa?