Se você gosta de documentários, provavelmente já tenha ouvido falar de Brett Morgen. Porém, se não é muito fã do gênero, talvez fique ainda mais interessado em conhecer seu trabalho.
Morgen é famoso por ter dirigido filmes aclamados como “Montage of Heck”, sobre Kurt Cobain, e “June 17th, 1994”, sobre o dia em que o ex-atleta e astro O.J. Simpson foi perseguido pela polícia em Los Angeles. E ambos dificilmente se enquadram na definição de “documentário”, funcionando mais como colagens visuais imersivas.
Pois bem. O novo filme de Morgen, “Moonage Daydream”, que estreia dia 16 de setembro em cinemas brasileiros, segue essa mesma linha. Ao que tudo indica, ele deve trazer o registro visual definitivo da carreira de David Bowie.
“Moonage Daydream”, cujo lançamento é mundial e simultâneo, vai passar aqui em salas IMAX e/ou convencionais de várias cidades brasileiras, mas dura uma semana só em cartaz. Aparentemente, é da rede UCL, então consulte a programação dos cinemas de sua cidade. Os ingressos já podem ser comprados.
Em entrevistas divulgando “Moonage Daydream”, Morgen comentou que já tinha conversado com Bowie, em 2007, para criarem uma espécie de filme híbrido não-ficcional sobre sua vida. Mas os planos não foram adiante, pois o cantor estava semi-aposentado. Quando Bowie morreu, em 2016, Morgen entrou em contato com os detentores dos direitos autorais do artista e conseguiu a permissão para fazer um documentário – aliás, é o único filme autorizado pelos detentores. O diretor também revelou que Bowie estava lentamente readquirindo todas as suas obras, e criando um arquivo audiovisual de tudo que já tinha gravado. Para compilar e selecionar o que apareceria no filme, Morgen teve acesso total a 5 milhões de itens desse arquivo.
A intenção com “Moonage Daydream” era criar um filme que não fosse uma biografia ou um documentário linear, mas uma imersão cinematográfica na obra de Bowie. Ao que tudo indica, pelas críticas que estamos vendo por aí, o objetivo foi atingido.
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* Por Fernando Scoczynski Filho
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