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* Está com os ouvidos em dia?
O grupo indie-metal Hellbenders, você já deve estar cansado de ouvir, é uma das melhores bandas provindas da boa safra recente de Goiânia. Já destacamos a passagem deles pelo South by Southwest e a session deles aqui para a Popload.
Lá em novembro de 2014 (veja só) fizemos uma reportagem-documentário especial sobre os processos de gravação do aguardado segundo disco do Hellbenders, no lendário estúdio Rancho de La Luna, em Joshua Tree, na Califórnia, uma espécie de sede para bandas como Queens of the Stone Age, Foo Fighters e Arctic Monkeys, entre incontáveis outras.
Pois então, após surgirem os inevitáveis “contratempos” da produção de qualquer disco, parece que o álbum finalmente tem nome e data de lançamento: “Peyote” está programado para sair em junho. Como anúncio de data e título de disco seria muito pouco para quem há tempos espera alguma novidade do Hellbenders, a banda logo solta hoje uma música nova do trabalho, já com vídeo: a poderosa “Bloodshed Around”.
Abaixo, você confere o vídeo cabuloso e algo demoníaco da música nova e lê uma minientrevista realizada pelo poploader Fernando Scoczynski Filho com Diogo Fleury, do grupo goiano. Segura música, vídeo e papo, então!
Popload – Em primeiro lugar, já há uma data de lançamento para o disco? Por que a demora?
Diogo Fleury – O disco novo sai em junho. A real é que, quando a gente recebeu o convite, só fomos. Tínhamos conseguido juntar “x” de grana e o disco acabou saindo “3x”. Esse tempo que levamos foi para acabar de viabilizar todo o material, incluindo mix, master, prensagem e logística do lançamento. Neste momento, o álbum está na fábrica sendo prensado. Logo, teremos ele em mãos para sair em tour.
Popload – Para quem é relativamente leigo no assunto, como você explicaria o nome “Peyote”?
Fleury – Peiote é um cacto nativo da região do Texas que possui propriedades alucinógenas. Ele é muito utilizado por visitantes do Parque Nacional de Joshua Tree, cidade que abriga o Rancho de La Luna, para expandir suas experiências sensoriais e espirituais com a natureza singular que o local abriga. Nossa gravação teve trajetória e objetivo semelhante. Também nasceu no Texas, a partir de um show que fizemos no SXSW e que teve o Jimmy Ford (amigo e parceiro de banda do Dave Catching no Rancho de la Lunatics) como espectador, e foi “experimentada” sob as mesmas influências desse ambiente singular que é o deserto. De resto, é ouvir e imaginar, haha…
Popload – Foi necessário fazer gravações adicionais no disco, após as sessões no Rancho de la Luna?
Fleury – Não. Todo o processo de captação do disco foi realizado no Rancho e, inclusive, há uma faixa que foi totalmente composta por nós no deserto [parte de um desafio do engenheiro do disco, Mathias Schneeberger, que disse ser essa uma tradição de todas as bandas que gravavam no Rancho]. Marcamos 11 dias de gravação e acabamos gravando tudo ao vivo em oito dias.
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