Mais Eddie Vedder em SP: o skate e o cover de Clash com o Sergio Vedder

A gente vem falando por aqui sobre a residência que Eddie Vedder vem fazendo no Brasil, mais especificamente em São Paulo, onde tocou três noites seguidas nesta semana. Mas um arremate final dessa visita do cara do Pearl Jam não poderia passar sem o registro aqui do colega Paulo Terron, jornalista musical dos melhores que eu conheço e o maior especialista em Eddie Vedder e Pearl Jam do Brasil, embora eu aposto que ele, Terron, não sabia que o Vedder nasceu em Evanston, Illinois, perifa brava de Chicago, onde ele, Terron, e eu fomos no Crazy Café, um lugar muito louco, há muitos anos e muitos Lollapaloozas atrás.

E o que o Terron tem para dizer sobre o último show de Eddie Vedder em São Paulo, ontem à noite, é o seguinte:

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ESPECIAL PARA A POPLOAD
POR PAULO TERRON

Os últimos dias foram de festinha caseira de Eddie Vedder com uns amigos paulistanos. Mais ou menos uns 15 mil deles, distribuídos ao longo de três noites no Citibank Hall. Tudo bem: mesmo quem se sentou nas cadeiras mais altas da casa noturna (em termos de distância, pense que elas ficam praticamente em um CEP diferente) não foram abandonadas pelo vocalista do Pearl Jam.

No terceiro show, ontem, o último antes da fase carioca, que terá mais duas apresentações domingo e segunda, Vedder conversou com a plateia – inclusive com um maluco que gritava o tempo todo e acabou sendo apelidado de “Deus” -, abençoou um pedido de casamento e até explicou por que não tocava alguns pedidos gritados pela galera (“Hunger Strike” = “ninguém consegue fazer o agudo do Chris Cornell”).

O palco também tinha um clima que ficava entre o caseiro e o praiano: cadeiras, taça da Copa do Mundo, uma fogueira de verdade e vários badulaques indefinidos. Meio como se fosse a casa de praia do seu tio doidão. Na volta para o último bis, Vedder apareceu de skate.

A vibe espontânea das músicas veio com as covers: “Brain Damage” (Pink Floyd), “You’ve Got to Hide Your Love Away” (Beatles) e uma panelada de faixas do Pearl Jam (incluindo uma rara execução solo de “Love Boat Captain”).

“Sleepless Nights”, clássico da dor de cotovelo do Everly Brothers, foi cantada em dueto com Hansard sem microfones.
E “Should I Stay or Should I Go”, do Clash, ganhou a voz do cover Sérgio Vedder (procure no Google!), convocado do público quando Deus foi convocado, mas não atendeu às preces do ícone grunge.

Ah, acho que vale mencionar que ele deu uma zoada no Duran Duran, cantarolou “Rio” e fez uma careta.

Se na primeira noite uma garota pediu Vedder em casamento e ele se fez de desentendido, na terceira um rapaz arriscou o mesmo truque e quase foi atendido. “Sou heterossexual e ele também, mas estou tão emocionado que talvez aceite o pedido. Por favor acendam as luzes para eu ver quem é ele”, pediu. Depois de olhar o possível noivo, ele emendou: “Vou precisar de um tempinho para pensar melhor!”.

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