#EuNaPopload – Fã resenha o show do Alt-J em SP

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* Passamos agora a publicar o #EuNaPopload, que basicamente é um espaço para leitores sortudos que venham a vencer nossas promoções de ingressos para shows e voltam depois para falar da experiência. A primeira personagem é Mariana Tegon, que ganhou a promo para assistir ao show do Alt-J no Cine Joia, na última sexta. Abaixo segue o relato dela, cheio de emoção.

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Sexta-feira, 27, acordei com muita vontade de ir ao show do Alt-J, que aconteceria à noite no Cine Joia em São Paulo. Fui pesquisar no Twitter se tinha alguém vendendo ingressos. Não tinha. Me deparei com uma tonelada de gente desesperada pelas mesmas entradas, que já estavam esgotadas há pelo menos duas semanas no site oficial. Era o único show do “Lolla Parties” que eu estava disposta a ir. E o único que havia esgotado, lógico!

Daí que ganhei um par de ingressos em uma promoção realizada pelo Popload!

Eu não sou superfã da banda, mas sei cantar e queria me divertir com um grupo que é conhecido por ter um som tranquilo sem ser depressivo. Tem gente que não gosta justamente porque acha o som dos caras muito “introspectivo”…

Fui ao show com um amigo. Quando chegamos à frente do Cine Joia tinha uma galera desesperada por ingressos, mas nem os cambistas tinham para vender!

Entramos no espaço às 23h, meia hora antes do show. Não havia muita gente. O pouco que tinha estava totalmente espalhado pelo lugar. Fui andando até a grade, que devia ter por volta de 150 pessoas, para ver o que os fãs estavam conversando e o que esperavam do show, porque eu não sabia o que esperar. Fiquei literalmente a um metro do palco.

As luzes foram apagadas e milhares de pessoas (que chegaram sem eu perceber) começaram a gritar, bater palmas e assobiar. Em seguida as luzes se acenderam e a música de fundo voltou frustrando a galera. Alarme falso. Que durou três minutos, até tudo ficar escuro novamente, agora para valer, e a banda entrou no palco.

Os meninos davam a impressão de estar assustados e, assim como a gente, parece que não sabiam direito o que esperar. Abriram com “Hunger of the Pine” e a galera já começou aquecendo a voz num “singalong”, mas foi com “Flitzpleasure” que o público (de fãs e não-fãs) realmente entrou em um clima caloroso, quebrando as barreiras da timidez. Logo depois da segunda música o tecladista Gus Unger-Hamilton já arriscava a trocar umas palavras em português e, sendo bem-sucedido, se soltou de vez e ajudou a banda a sintonizar com a galera, que a essa altura estava superanimada!

Vendo que aquilo daria muito certo, todos se envolveram ferozmente em todas as músicas que se seguiram! Logo nos primeiros acordes de “Matilda”, era clara a surpresa do vocalista/guitarrista Joe Newman com o coro cantando mais alto do que ele. O baterista Thom Green olhava para os amigos da banda e aquilo, para eles, parecia inacreditável.

O show prosseguiu deliciosamente e o publicou voltou a ferver com “Tessellate” e todos formaram triângulos com as mãos para cima (fazendo alusão à frase da música “triangles are my favorite shape” e para o próprio “símbolo de computador” que aparece quando se digita “alt” e “j”). O clima ficou bem íntimo desde o começo e, para retribuir o carinho, enquanto Gus perguntava “E aí, São Paulo?”, Joe jogou a palheta para a plateia, que a disputou de forma insana. Acabou que… achamos a palheta (abaixo). E “voltamos” para o show.

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O grupo de Leeds cantou “The Gospel of John Hurt” e saiu do palco sem se despedir. Um minuto depois voltaram para o “encore” tradicional com mais quatro músicas e terminaram com “Breezeblocks”, a mais conhecida (e mais esperada) música deles. Tínhamos ali um Joe Newman supersolto com uma bandeira do Brasil (jogada por alguém do público, claro) enrolada ao pescoço! A emoção era tanta que ele errou a música logo na primeira estrofe. Fizeram uma graça para disfarçar e recomeçaram do zero. Depois agradeceram em português, se abraçaram para tirar fotos e despediram-se com acenos que diziam simplesmente “Obrigado!”. Inesquecível!

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