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* Dev Hynes, mais conhecido hoje em dia como o “Prince da nova música”, ou simplesmente o “cabeça” do grupo Blood Orange, fez no final de semana um politizado último show de verão do Central Park, nessa série de concertos pagos de música independente, o Summerstage. A apresentação teve seus ingressos esgotados. E o verão ainda tem seus dias a serem vividos, por lá no parque mais famoso do mundo, mas com outra pegada na sonoridade.
Dono de uma indie music tingida por funk e soul, sempre sem perder a ternura, Dev Hynes intercalou músicas doces como seu hit “Champagne Coast” e discursos inflamados por causa “do que está acontecendo com o mundo”.
Dias atrás o Blood Orange tocou no Lollapalooza, em Chicago, e Hynes acusa os seguranças do festival de tê-lo agredido por causa de seus discursos anti-racismo. A brutalidade alegada teria causado um ferimento na perna do músico, que apareceu com um tala imobilizadora no palco do Central Park, sábado passado.
Dev Hynes também gastou umas palavras para mostrar repúdio ao que aconteceu recentemente na cidade de Ferguson, Illinois, onde o bicho está pegando. Um adolescente negro foi morto por um policial branco depois de ter sido baleado seis vezes. O menino é acusado de ter roubado charutos de uma loja e estar armado. A família e um amigo que estava com o rapaz (Michael Brown) disse que o policial atirou sem motivo, no meio de uma rua. O caso racial está gerando revolta em cidades americanas, em particular em Ferguson, que tem fortes protestos durante o dia e quebradeira generalizada à noite.
“Fuck Ferguson, Fuck Lollapalooza. Eu odeio como essa ‘fucking police’ nos trata. Não em Nova York. No mundo”, disse no palco.
Na parte musical, Hynes e seu Blood Orange contou com a participação vocal de sua namorada, a musa indie Samantha Urbani (banda Friends), e de Caroline Polachek, do grupo Charlift.
O show foi tenso e foi lindo, segundo andei lendo em “reports” nas redes.
** fotos deste post de Amanda Hatfield/Brooklyn Vegan.
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