>>
* Popload (enquanto) em Londres.
* Foi meu primeiro show na neve. Não teve neve DENTRO do lugar do show, claro. Mas sim na saída do metrô, no caminho para a casa de shows, na FILA PARA ENTRAR. Sério. Neve na cabeça, sem dó.
Visão “bonita” da fila exatamente na minha frente, esperando a conferência de ingressos dos seguranças para entrada no Alexandra Palace, em Londres, para o show do Black Keys
* Em texto meu que saiu na Ilustrada da “Folha de S.Paulo”, hoje, tentei reproduzir o que foi o primeiro dos três shows seguidos esgotadaços da dupla americana Black Keys (Akron, Ohio) em Londres. O momento dos caras no rock atual. E o que acontece com eles quando, no momento em que estão mais bombando, caem nas mãos dos ingleses. Histórico.
O texto saiu mais ou menos assim, em versão não-editada.
* Black Keys, sexta passada, Alexandra Palace, em Londres (abertura: Band of Skulls) *
Sem parecer ainda não estar entendendo muito bem o que está acontecendo, a dupla americana The Black Keys subiu sexta-passada ao palco do Alexandra Palace, em Londres, e logo começou a tocar, sem falar nada.
O lugar é um ex-palácio real transformado em casa(rão) de shows, em que cabem 10 mil pessoas. E, para ver o Black Keys, os ingleses sumiram com os ingressos há tempos, para três shows seguidos.
Sempre considerada uma espécie de antibanda, o Black Keys, dois garotos tímidos de Ohio, meio avessos ao sucesso e que usavam barbas imensas até há poucos anos, chegou para a tour inglesa saudado pela imprensa como “salvadores do rock”. Foram essas as palavras.
Duo guitarra-bateria tocando punk blues, sempre tiveram uma carreira respeitável na cena indie. Mas, depois do álbum de 2010, e principalmente agora com o sétimo, o ótimo “El Camino”, de antibanda o Black Keys virou superbanda. E isso parece estar assustando a dupla.
“Olá, nós somos o Black Keys, de Akron, Ohio”, disse o guitarrista Dan Auerbach, depois de já terem despejado umas três canções de guitarra alta e bateria vibrante na cabeça dos ingleses. “Este é meu parceiro Pat Carney, na bateria”, anunciou, como se a banda, a essa altura, precisasse ser introduzida depois de dez anos de carreira e recentes passagens por talk-shows americanos, capa da “Rolling Stone”, número 2 da parada “normal” da “Billboard”, atração top do Coachella 2012 e show em março no Madison Square Garden (NYC), com entradas esgotadas em 15 minutos.
Com uns músicos de apoio para engrossar o som ao vivo, agora para “as massas”, o Black Keys agitou o palácio inglês e provocou saltos sincronizados da platéia com blues, acredite.
Braços levantados com o punho cerrado, air guitar ocasionais, o Black Keys está numa fase de comunhão com a sua galera em que tudo está permitido.
Segundo li em algum lugar, o som da banda é perfeito em sua máxima energia, com o mínimo de extravagância.
A banda parece não estar entendendo muito bem o que está acontecendo. Mas seus fãs sabem direitinho o que é.
* Black Keys no Alexandra Palace, em Londres – Vídeos *
Vou pegar os do dia que eu vi, 9, e alguns do dia 10, porque alguém gravou em qualidade incrível. Foi tudo mais ou menos igual nos dois dias, pelo que eu li. Até a roupa deles, disseram.
>>