Um disco “bem Popload” saiu nesta semana, o ao vivo do veterano grupo inglês Jesus & Mary Chain. O lendário Jesus veio num nem tão distante 2019 a SP para comemorar os 10 anos do Popload Gig, o selo de shows da marca Popload.
A gente precisa hoje de um outro disco do Jesus & Mary Chain? Talvez não. O tempo inexoravelmente diminuiu o “punch” revolucionário da pegada que marcou a música independente mundial, a voz do irmão Reid cantor não é mais o canhão indie que sempre foi e por aí vai.
Mas o que é lindo de ver (ouvir) em “Sunset 666”, o disco ao vivo gravado em pedaços de shows em Los Angeles onde o grupo abriu para o Nine Inch Nails em 2018, é a força das canções absurdas que o J&MC fez lá atrás e continuam vivas.
Veja bem: canções que nos tempos áureos era musiquinhas embaixo de uma desconstrução barulhenta do som de guitarras, que marcou a banda. Essa canções debaixo das microfonias sempre existiram e, vemos, existem até hoje.
Já falamos aqui e não custa repetir. O “sunset” vem do famoso Sol alaranjado típico da Califórnia. O “666” tem referência à famosa estrada de Chicago a Los Angeles, a Route 66, com um “6” a mais para tornar a coisa mais, digamos, mística.
O álbum tem uma participação de Isobel Campbell, ex-cantora da banda escocesa (como os Mary Chain) Belle & Sebastian”, na linda “Sometimes Always”, o primeiro single. Isobell canta outra vez na faixa “Black and Blues”, cujo vocal feminino original é de Sky Ferreira.
Resumindo. A gente precisa de um novo lançamento do Jesus & Mary Chain? Não!. Mas vale perder uma hora da vida ouvindo “Sunset 666”? Por tudo o que falamos acima, ÓBVIO QUE VALE!