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* Assim. Algum lado estranho da minha personalidade tem certa admiração pelo grupo sueco de doom metal Ghost, que se apresentou sexta passada em São Paulo. Como eu não pude comparecer ao show, pedi para o amigo esperto Alexandre Zampieri, especialista nesses assuntos metais, falar umas coisas da apresentação “sinistra” do Ghost.
E ele falou, viu…
“Na última sexta, um HSBC Hall não lotado mas cheio assistiu uma banda de heavy metal muito inspirada em sua sonoridade e temática “diferentes”, liderada por um Papa carismático e bem-humorado.
Depois daquela passagem por São Paulo, digamos, boicotada e retalhada, abrindo para o Slayer e o Iron Maiden na esteira para a vinda para o Rock in Rio, o grupo sueco Ghost fez seu primeiro verdadeiro show na cidade (como bem considerou o próprio Papa Emeritus II durante o show).
Com influências de Beatles!!! (da qual, acredite, tocaram “Here Comes the Sun”) a Slayer (óbvio), intercalando sons dos seus dois álbuns (o primeiro, inclusive, rolou praticamente inteiro), a forte presença de palco dos escandinavos surpreendeu.
Já vi dezenas de vídeos na internet e os shows em sua maioria sempre são bons, porém seguem exatamente aquele mesmo roteiro: setlists parecidos, momentos de interação com a plateia e frases prontas etc.
Mas você percebe nitidamente quando a banda está “no barato” e o show acaba acontecendo de forma espontânea e muito mais empolgante. Resultado: plateia composta de vários estilos esquecendo rótulos, cantando e se divertindo muito (exatamente como deve ser), num show dito “maldito”. Sensacional!
E, para acabar com as dúvidas dos que ainda confundem teatro de horror clássico com verdadeiros satanistas, pouco provável que um Papa realmente infernal convidaria “todos a cantarem a próxima música juntos. E que, se ninguém souber a letra, não tem problema nenhum: “Vocês podem dublar!!!”
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