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* A primeira grande notícia é que o guitarrista americano Adrian Belew não só está vivo como ainda sobe ao palco para fazer shows e botar sua indefectível guitarra a serviço de um algo entre o virtuoso e o total garagem, às vezes indie, às vezes pop, às vezes experimental, às vezes na pegada jazz, coisa que poucos como Adrian Belew sabe fazer, sem nunca soar forçado.
A segunda grande notícia é que chegou o dia em que o músico, que já esteve envolvido com muito sucesso e com Frank Zappa, estrelou grupos “difíceis” como o King Crimson e o “facinho” Tom Tom Club e já contribuiu com Talking Heads, David Bowie e com… Nine Inch Nails, cada um a seu tempo, vem a São Paulo para apresentação única no Brasil. Ele toca DOMINGO QUE VEM, agora, no Carioca Club, em show marcado para as 20h.
Autodidata e fazedor de sons próprios com sua guitarra, Belew, 66 anos, foi considerado por gente como David Bowie e David Byrne, para citar poucos, como um dos gênios do instrumento, um desses caras que, com uma guitarra na mão, é capaz de explorá-la ao máximo, não “apenas” usar suas cordas para tirar sons de vanguarda. Foi um dos primeiros do “rock antigo” a casar uma guitarra tão bem com um sintetizador. Música eletrônica para ele era uma parceria, não ameaça aos sons “orgânicos” do rock.
Grande nome do rock nos anos 70 e 80, sumiu do radar Popload nos últimos anos por abraçar causas próprias e menores, até que teve notícias de envolvimentos com o maluco Trent Reznor e seu NIN, que o tem como mestre. Mas que acabaram não rolando ou rolando pouco, não como se cogitava.
É isso. Você pode estar cara a cara com Belew, domingo no clube roqueiro de Pinheiros, vidrado em suas mãos e guitarras. Fora que o americano canta demais, também. Talvez o mais apropriado para ele seria tocar com seu Power Trio na Sala São Paulo. Mas, para quem seguiu um pouco a carreira do Belew, sabe que tanto lá como cá está valendo.
Abaixo, apenas uma das músicas que Belew imortalizou, com seu toque.
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