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* Começou ontem, em Vancouver, no Canadá, a turnê mundial especial de estádios e arenas que a superbanda U2 vai fazer para comemorar os 30 anos do grande álbum “Joshua Tree”, um de seus discos mais clássicos, época em que o grupo de Bono “descobriu” a América e ainda não estava sonoramente tão, digamos, desgastada pelo sucesso e grandiosidade.
A recriação geral do clima do álbum em cima do palco é cavalar, com um telão horizontal gigante que parece um supercinema (veja abaixo, em foto da Getty Images). Joshua Tree, o disco, é claramente inspirado no parque nacional americano no deserto do Mojave, de beleza absurda que atraiu através da história desde caçadores a exploradores atrás de ouro. E, claro, muitos turistas de uns tempos para cá.
O giro que começou nesta sexta no Canadá fica até começo de julho na América, quando segue para a Europa e chega ao Brasil no final do ano, com shows no Morumbi provavelmente em outubro (pode ser novembro). Em Vancouver, o Mumford & Sons abriu.
O show foi dividido em um formato, digamos, diferente. A banda entrou mostrando hits e raras famosas numa dimensão pequena de palco, chamado de “stage B”, um palquinho sem visuais e só com iluminação no grupo. Foram cinco músicas “para aquecer”, que incluíram pedradas antigas como “Sunday Bloody Sunday”, “New Year’s Day” e “Pride (In the Name of Love)”. A maravilhosa “A Sort of Homecoming” em pegada mais acústica, mais folk (mais estranha, na real, haha), apareceu. A música não era tocada ao vivo pela banda desde 2001. A outra foi “MLK”.
Depois, aí sim, veio o “Joshua Tree” na íntegra, com todo o visual acachapante. As belezas tudo, até que o grupo faz performance da bonita “Red Hill Mining Town”, lindona, que nunca tinha sido apresentada em show pela banda em sua loooonga história.
Aí aconteceu dois bis, de seis canções no total, a volta ao “stage B” e uma inédita foi apresentada: “The Little Things That Give You Away”, que vai estar no próximo álbum da banda, “Songs of Experience”, sucessor de “Songs of Innocence”, de 2014.