TOP 50 DA CENA – Jup do Bairro gruda no topo. Karol Conka nova entra bem na fita. Hiran canta para as galinhas e JP chora dendê. Que lista!

1 - cenatopo19

* O fôlego desse EP que a multiartista Jup do Bairro soltou em junho, seu primeiro trabalho solo, com seu nome, parece não ter fim. Olha ela no topo do nosso ranking pela segunda vez, com outro single.
E, vale dizer, no disco tem outras músicas favoritas nossas. Sente a dimensão? Ainda mais que Jup leva junto a Deize Tigrona para o rock!!!
A semana registra ainda a volta, e bem, da rapper paranaense Karol Conka, comandando o beat necessário da vez. E o baiano Hiran estreando no nosso ranking, fazendo analogias entre a umbanda e a nossa música.
Que riqueza de CENA, gente!

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1 – Jup do Bairro – Pelo Amor de Deize (Estreia)
Nem vamos dar tempo que você reclame que tiramos a bombástica “All You Need Is Love” do Top 50. Jup do Bairro volta direto ao primeiro lugar com a roqueira parceria com Deize Tigrona, que descobrimos que é uma grande roqueira, o funk é só uma de suas armas. Esse som, novo single, além da pancada sonora pega firme em mostrar a profunda amizade de Jup e Deize, uma amizade que ultrapassa os momentos complicados, como o da depressão de Deize.
2 – Karol Conka – “Tempos Insanos” (Estreia)
Segura o flow da Karol. Único e lotado de variações. Que valor. Em “Tempos Insanos” ela mostra tudo o que sabe. E WC no Beat também dá uma aula aqui. Aumenta o som que esta pede por isso.
3 – The Baggios – “Quareterna Serigy” (1)
Não sabemos explicar direito, mas a nova música do grupo sergipano é uma espécie de Oasis com cancioneiro brasileiro. Nos versos, devidamente produzidos em modo quarentena de gravação, uma promessa e tanto: “…Presidente rosna/ Mente para o país/ Somos fortes, saibam/ ELE VAI CAIR!”
4 – ATR e Luedji Luna – “Batom” (2)
Está quente o segundo single do quinto álbum da banda paulista ATR, de som plural. Além da voz maravilhosa da baiana Luedji, o grupo fez questão de fazer uma faixa daquelas que brilha e faz tremer as caixinhas de som.
5 – Hiran – “Galinheiro” (Estreia)
Não estranhe a letra repetitiva desse som de Hiran. Na nossa live, ele contou de onde veio o verso que se repete pela música. No terreiro de umbanda que sua avó tinha, ele sempre ficava espantado quando iam dar comida às galinhas. Elas estavam de boa, chegava a comida, elas se transformavam, ficavam loucas, brigavam por migalhas e logo depois estavam de boa de novo, como velhas amigas. Quando a gente ouve os interlúdios da faixa, com as acusações que Hiran ouve por aí sobre sua carreira, a analogia se explica.
6 – Giovanna Moraes – “Sai por Inteira” (4)
Encharcada de um toque Fiona Apple, o piano e o desabafo de Giovanna ressoam ainda melhor em vídeo, que consiste em uma criação coletiva com as amigas, cada uma em sua casa, lógico. Ela acaba de lançar “Direto da Gringa”, seu segundo álbum. O disco todo merece muito sua conferida.
7 – Gustavo Bertoni – “Waves” (5)
Não foi só papo dez que o Gustavo deu sobre a música na nossa live diária que influenciou no resultado. O som é muito bom, o vídeo em Berlim é bonito e “Waves” acaba o levando para outra viagem, muito além do Scalene, sua banda principal. Uma daquelas baladas ao violão que soa familiar na primeira vez.
8 – Antiprisma – “Lunação” (6)
Uma viagem instrumental pesada da dupla paulista formada por Elisa Moreira e Victor José. O vídeo da música é outro que entra na categoria de belo trabalho artístico, uma performance sobre as várias mulheres que existem na mesma mulher.
9 – JP – “Chorei Dendê” (Estreia)
Aí o indie mineiro todo guitarra que cantava em inglês foi para a Bahia e encontrou o amor. Pelo lugar, pelo amor mesmo e por cantar em português. E deu no seu novo single, do seu novo EP, que sai na sexta-feira agora.
10 – Nelson D. – “A Grande Revolta” (7)
Nelson D é DJ e produtor de certa rodagem já, mas de pouco tempo para cá quis assumir um protagonismo musical como cantor. A base sonora é o que aprendeu na Europa, onde viveu e estudou. A alma sonora é a que nasceu: a de índio. Soltou agora em maio seu primeiro álbum, “Em Sua Própria Terra”, disco que propõe o que ele chama de Futurismo Indígena. David Bowie ficaria feliz ouvindo “A Grande Revolta”.
11 – Tássia Reis – “Me Diga” (8)
12 – Supervão – “Depois do Fim do Mundo” (9)
13 – Rohmanelli – “Do Jeito Que o Mundo Está” (10)
14 – Marcelo Perdido – “Não Tô Aqui pra Te Influenciar” (11)
15 – Kunumí MC – “Xondaro Ka’aguy Reguá (Guerreiro da Floresta)” – (12)
16 – Duda Brack – “Contragolpe” (13)
17 – Compositor Fantasma – “Não Sabendo Que Era Impossível” (14)
18 – ABC Love – “Flertes” (15)
19 – Karen Jonz – “O Grande Excesso” (16)
20 – Don L – “Kelefeeling” (17)
21 – Sessa – “Sereia Sentimental” (21)
22 – Thunderbird – “A Obra” (19)
23 – Mahmundi – “Nós De Fronte” (20)
24 – Devise – “Espera” (18)
25 – Mulungu – “No Ar” (22)
26 – Giovani Cidreira e Mahal Pita – “Mago de Mim Mesmo” (23)
27 – Jair Naves – “Irrompe” (24)
28 – Rico Dalasam – “Mudou Como?” (25)
29 – Black Pantera – “I Can’t Breath” (26)
30 – Paulo Nazareth e Nic Medeiros – “A Volta Que o Mundo Deu” (27)
31 – TARDA – “Breath” (28)
32 – ÀIYÉ – “Pulmão” (29)
33 – Silva – “Aquele Frevo Axé” (ao vivo) (30)
34 – Vanguart – “Encontro Adiado”
35 – As Bahias e a Cozinha Mineira – “Forasteira” (32)
36 – Os Amanticidas – “Paisagem Apagada” (36)
37 – Coruja BC1 – “Baby Girl” (37)
38 – Edgar – “Carro de Boy” (38)
39 – Douglas Germano – “Valhacouto” (39)
40 – Taco de Golfe – “Nó Sem Ponto II” (40)
41 – Kiko Dinucci – “Veneno” (41)
42 – Ava Rocha e Los Toscos – “Lloraré Llorarás” (42)
43 – Jhony MC – F.A.B. (43)
44 – Cícero – “Às Luzes” (44)
45 – Febem, Fleezus e CESRV – “Terceiro Mundo” (45)
46 – Djonga – “Procuro Alguém (46)
47 – Letrux – “Déjà-Vu Revival” (47)
48 – Vovô Bebê – “Êxodo” (48)
49 – Tuyo e Terno Rei – “Eu Te Avisei” (49)
50 – Troá! – “Bicho” (50)

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* Entre parênteses está a colocação da música na semana anterior. Ou aviso de nova entrada no Top 50.
** Na vinheta do Top 50, a rapper paranaense Karol Conka.
*** Este ranking é formulado por Lúcio Ribeiro e Vinícius Felix, talvez o maior estudioso da nossa CENA. Com uma pequena ajuda de nossos amigos, claro.

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