Que semana devagar lá fora. O que tá pegando? A gente teve que lutar para encontrar dez músicas merecedoras deste top – conseguimos, lógico, mas quanto suor. Ok, o pódio é maravilhoso. Mas o volume não é satisfatório. Melhore aí, gringaiada.
Estamos bem empolgados com o Geese. Você não? O grupo indie americano já concorre fortemente na categoria de melhor banda nova do planeta. É sério. Estamos in love descarado com a turma liderada por Cameron Winter. É single bom atrás de single bom no aquecimento para “3D Country”, segundo álbum da banda. “Mysterious Love” é mais uma. E não estranhe se te parecer que ela lembra alguma música. Antes que alguém ameace processar a banda, Cameron se defende na definição da música: “É um amontoado de clichês do rock dos anos 90 em um pacotinho”.
Neste mês de maio, o Brasil vai poder assistir Lana Del Rey e Jon Batiste ao vivo. Pena que não junto. Ele toca por aqui no meio do mês no C6 Fest e ela uns dias depois no Mita. Vamos ter que nos contentar como o resto do mundo com a duplinha em ação em um vídeo charmosíssimo para o novo single do álbum “Did You Know That There’s a Tunnel under Ocean Blvd”. É um curta em preto e branco com um ar meio “Crepúsculo dos Deuses”, com momentos de Marilyn Monroe. Lana cinemática é fera demais.
É, a previsão se confirmou. Grian Chateen, do Fontaines D.C., vai aproveitar as férias da banda para mandar um álbum solo – não era só um single de aventura. O cara é um viciado em trabalho. “Chaos for the Fly”, o disco que vem por aí, vai manifestar as vontades que ele não deu conta de expôr na democracia que é uma banda. O álbum é produzido por Dan Carey, responsável pelo disco de estreia do Fontaines D.C. E esta “Fairlies” é bem boa.
Killer Mike perdeu a mãe recentemente. Em seu novo álbum solo, “Michael”, que traz um jovem e sorridente Mike na capa, ele fala pela primeira vez a respeito dessa perda. “É a celebração dessa BAD ASS BLACK GIRL”, diz Mike, que conta que nas festas da mãe aprendeu a gostar de Grandmaster Flash, Kurtis Blow, Whodini, entre outros, ao passo que ao seu lado também viveu momentos dolorosos, como a bipolaridade dela e até uma tentativa de suicídio. “Estou honrando de contar a história dela como a fodona que ela era”.
“Eu só queria ser um dos Strokes”, já cantou Alex Turner. Mas é o baterista da banda inglesa que chegou mais pertinho de realizar tal sonho. Matt Helders deu as caras em “Melodies on Hiatus”, álbum solo de Albert Hammond Jr, guitarrista dos Strokes, caso você não leia muito a Popload ou a info que demos lhe escapou. Se no disco Albert explora outras áreas, aqui neste single ele faz um rock à la Strokes mesmo, com todos os elementos que a banda ensinou a gente amar – a bateria dura, o solo de guitarra agudo que só. O vocal do Albert tem um timbre tão parecido com o do Julian Casablancas que você pode imaginar que se trata da banda nova-iorquina .
Olha quem resolveu aparecer: o sumido Queens of the Stone Age. Com show marcado no Brasil para logo mais, a banda de Josh Homme prepara o lançamento “In Times New Roman…” para junho. O primeiro single “Emotion Sickness” tem a pegada excelente de sempre – timbres deliciosos e um refrão bem viagem. Gostoso.
Sabe quem anda menos sumido que o Queens of the Stone Age? O Pretenders, da grande Chrissie Hynde – que a gente nem tinha se tocado que lançou disco em 2016 e 2020! A banda prepara um novo álbum que vai se chamar “Relentless” e tem na produção David Wrench, cara que já trabalhou com Courtney Barnet, Frank Ocean e The XX. Entre as participações do disco, um arranjo de cordas de Jonny Greenwood do Radiohead. O primeiro single, este “Let the Sun Come in”, tem um ar R.E.M./classic rock – repara no riff. Toca fácil em qualquer rádio como se fosse de 1981.
A banda de Jack Black também saiu do limbo para fazer mais uma de suas gracinhas. Aproveitando a onda de ter dublado o chefão do Mario nos cinemas, Jack versa aqui sobre games. Não, não é uma cover da Lana Del Rey, hehe.
Orgulho brasileiro! Tove Lo lançou uma versão “despida” do seu álbum mais recente, “Dirt Femme”, e colocou lá seu single mais recente, que não está no disco originalmente, em uma versão gravada no Brasil. Ao piano, a música ganha em emoção e entrega vocal da Tove. É mais emocionante e legal que a versão original, que não empolga muito com sua batida meio genérica.
O Cure começou nesta semana sua primeira turnê pelos Estados Unidos em sete anos. A gente fica aqui sonhando com a tour chegando pelo Brasil. Imagina pegar a sequência final “Close to Me”, “In Between Days”, “Just Like Heaven” e “Boys Don’t Cry”? Que absurdo. Mas o set tem novidades: eles resgataram a obscura “A Thousand Hours”, de “Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me”, que eles não tocavam ao vivo desde 1987 – em outras palavras, desde o ano do lançamento da música!
* Na vinheta do Top 10, a banda americana Geese.
** Este ranking é pensado e editado por Lúcio Ribeiro e Vinícius Felix.