Listinha da semana com algumas novidades do ano que já vai terminando, muitos singles de álbuns que só ouviremos ano que vem e algumas surpresinhas na lista para animar a gente para os shows prometidos para 2024. Vamos!
Já está confirmado que as Boygenius são a banda do ano, né? O supertrio formado por Phoebe Bridgers, Lucy Dacus e Julien Baker conquistou todo mundo e deu uma visibilidade inédita para as três, que já tinham muita força em suas jornadas solos. Vamos ver como elas tocam o barco daqui em diante. Fiquemos por agora com essa versão para uma música folclórica da Escócia que a banda gravou em tributo à saudosa Sinéad O’Connor. Todos os lucros do single irão para um projeto de reforço escolar para crianças carentes de Dublin.
Talvez o único pecado do Car Seat Headrest, hoje um quarteto liderado pelo gêniozinho Will Toledo, seja ainda não ter colado no Brasil. Um show no país mudaria o patamar deles por aqui – um nomezinho ainda muito restrito para os viciados em música nova. “Faces from the Masquerade”, um ao vivo registrado em três noites esgotadas em Nova York, após uma pausa por questões de saúde mental, mostra quão emocionante Will Toledo e cia podem ser no palco. E, só avisando a produtores, 2024 tá aí…
Um dos melhores lançamentos do ano passado, “Hold The Girl”, da esperta Rina Sawayama, ganhou uma versão especial que traz duas inéditas para o álbum. Uma delas é a frenética “Flavour Of The Mouth, que balança legal com seu grave e letra provocante e até agora só circulava na edição japonesa do disquinho.
Dez anos depois de sua primeira coletânea, o Killers lança a segunda coleta de seus hits – ironicamente, bem parecida com a primeira, o que dá sinal de uma década com o pé mais no freio que tudo. Ironia maior a capa: uma roleta de cassino. Sacou? Mas não vamos reclamar. É o melhor que a banda de Las Vegas oferece e veja só: as inéditas são boas.
2024 vem aí e com ele mais um C6 Fest, festival que trará pela primeira vez ao Brasil o Soft Cell, clássico duo formado por Marc Almond e David Ball. Em outras palavras, vamos poder ouvir “Tainted Love”, velha canção soul que ficou imortalizada com a dupla, pela primeira vez ao vivo neste país. Grita com a gente: “Once I ran to you/
Now I run from you”.
E, por falar em 2024, será que é ano que vem que veremos um “experimental” e amansado Idles produzido por Nigel Godrich? O homem que formatou o melhor do Radiohead e que desafiou Paul McCartney a pensar fora da caixa parece que vai colocar o Idles para trabalhar. “Grace”, mais um single que adianta o álbum que vem aí, mostra os ingleses em uma vibe lentona e pós-punk inédita.
A gente esquece um pouco que o Green Day está por aí, mas a banda anda em boa forma sim, senhor. E sim, senhora. “Dilemma” é uma boa pancada da banda sobre o compositor que senta para apresentar seus problemas e dias mais escuros para os ouvintes atentos. Single para o disco novo do ano que vem também.
Das melhores bandas ao vivo hoje no mundo – tivemos a chance de vê-los no Lolla de 2022 e podemos atestar: são melhores ao vivo que no disco (e olha que já é bonzão no disco). Testemunhar uma performance live desses caras nos palcos relativamente pequenos que vão tocar por aqui ano que vem (abril, tokio marine hall), bem diferente de clima de festival, vai ser um presente para quem colar.
Placebo no Brasil ano que vem. Queremos nem saber de nada. É dar um play em “Without You I’m Nothing” e afundar na cama esperando março chegar. Há de passar rápido. Vem, Brian Molko.
***
* Na vinheta do Top 10 Gringo, a banda americana Boygenius.
** Este ranking é pensado e editado por Lúcio Ribeiro e Vinícius Felix.