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* Algumas coisas, obviamente, estão bombando mais que outras nesta edição 2017 do Sxsw, um dos nossos festivais preferidos do mundo. Pelo que a gente vê daqui, acompanhando metade da imprensa musical planetária em Austin, ou de amigos e bandas ou amigos de bandas que estão na terra em que você não pode zoar (piada interna dos texanos).
A dupla bem-loka nova-iorquina do Lemon Twigs, os nossos Boogarins sendo levados mais a sério do que eles já são, os britânicos do Temples tocando o maravilhoso disco novo. A reverberação está grande.
Mas nada se parece com o zunzum em torno da menina Alexandra Savior, de Portland, que começou sua participação no Sxsw ontem à noite, fazendo seu primeiro de três shows no tradicional Parish, da rua 6. Cheguei até ver um pedacinho do show, pelo Whatsapp de uma amiga. Temos imagens da apresentação de ontem.
Alexandra Savior lança no próximo dia 7 de abril seu aguardado primeiro álbum, “Belladona of Sadness”. Seu mais novo single, “Miracle”, toca bastante em lugares como Beats 1, KCRW, KEXP e as rádios inglesas que interessam, mesmo com um “piiiiii” censurador em seu refrão, que apenas é o seguinte:
La-di-dah
I sing songs about
Whatever the fuck they want
Whatever the fuck they want
And ooh-eh-ooh
Outro single que tem tocado bastante é “Vanishing Point”, lançado há poucos dias.
Mas, desde o ano passado, a menina de Portland, que já mora na Califórnia e já conta com bons amigos a ajudando, é assunto forte em rodinhas indies do eixo USA-UK. Em 2016, Savior soltou três singles, incluindo o lindo “Mistery Girl”, lançado em novembro.
Tive a oportunidade de ver a moça em ação abrindo o show do Fillmore do Last Shadow Puppets, em San Francisco, pré-Coachella. Lembro que foi tudo muito rápido: uma menina algo tímida mas percebia-se de personalidade forte cantando cinco ou seis músicas numa pegada cinematic, música para cinema, para trilha de algo bem visual e antigo, tipo Lana del Rey do começo. A informação sobre Alexandra Savior era pouca.
Agora é bastante. De lá para cá soube-se que quem toca todas as guitarras de suas músicas nos singles e no vindouro disco de estreia é o senhor Alex Turner, dono do Arctic Monkeys e do Last Shadow Puppets. A bateria fica a cargo de James Ford, hoje um famoso produtor (inclusive do Arctic Monkeys) e um dos caras do Simian Mobile Disco. O baixista do Last Shadow Puppets, Zach Dawes, às vezes dá um help no baixo, quando Alex não assume ele mesmo.
Com o disco nas ruas, vamos ver onde Alexandra Savior vai. No fim de abril ela começa por Londres (ingressos esgotados) uma turnê europeia, que vai culminar em sua apresentação no festival Primavera Sound, de Barcelona.
Amanhã, ainda no South by Southwest, ela se apresenta no Barracuda, em um showcase programado pela revista inglesa “New Musical Express”.
Abaixo, o vídeo da “proibida” “Mirage” e Alexandra apresentando uma versão ao vivo da lindona “Vanishing Point”, single recém-lançado, em session style para o site inglês Mahogany.
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