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* Uma das mais badaladas atrações musicais do South by Southwest deste ano, no Texas, é um filme. O ducumentário “Kurt Cobain: Montage of Heck”, que passou apenas nos festivais de Sundance e Berlim, teve ontem sua primeira exibição no Sxsw, com a presença do diretor do filme, Brett Morgen. Já falamos sobre o filme por aqui em posts passados.
Considerado um dos mais íntimos documentários de rock já feitos (“Rolling Stone”), “Cobain” ainda passará mais duas vezes em Austin, amanhã e sábado. Depois, entra em exibição no começo de maio no canal HBO, nos Estados Unidos. E, sim, em um circuito independente de salas de cinema.
A Popload, pelos olhos do amigo Rafael Urenha, esteve ontem na exibição de “Kurt Cobain: Montage of Heck” no Paramount Theatre, em Austin. E a impressão que Urenha teve sobre o documentário do último herói anti-herói do rock, morto por ele mesmo há 20 anos, é a seguinte:
“2hs e 12 minutos ouvindo Nirvana bem alto numa sala de cinema histórica (o Paramount Theater, que completa 100 anos em 2015) no meio do Texas. Não dá pra reclamar. Filmaço, seja fã ou não. Como é bom assistir um documentário musical com autorização para usar as músicas originais do artista.
O filme impressiona pela edição esperta, pelo sound design cuidadoso, mas especialmente pelo cuidado visual. Com gravações em VHS, super 8, desenhos e anotações originais (dos famosos journals) animadas em 3D, talvez seja o retrato mais gráfico e pessoal da vida do Kurt.
O diretor teve acesso a todo o acervo da família. Muitas imagens e gravações em fita cassete foram descobertas pela primeira vez agora. Entrevistas com o pai, a mãe, a madrasta, a primeira namorada, o melhor amigo (Krist) e a última namorada. A entrevista com Dave Grohl ficou fora da edição porque só aconteceu quando o filme estava já editado.
A tese do diretor é que a origem da tragédia está na família Cobain. A parte preferida de Frances Bean, produtora do doc, é o “cut to black” que encerra o filme. Sem nota de suicídio, flores na calçada ou comentários póstumos.”
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