A banda texana Spoon, liderada por Britt Daniel (compositor, vocalista e guitarrista) e pelo baterista Jim Eno, é conhecida pela meticulosidade de suas músicas, que beiram a perfeição. Letras, melodias e arranjos: tudo é cuidadosamente estudado, na medida. Depois de lançarem seis discos em um intervalo de onze anos, resolveram desacelerar. Transference, de 2010, entrou no Top 10 Billboard na semana do lançamento e marca a transição da banda (em números, pelo menos) do indie para o mainstream. Gostam de dizer que são uma banda de rock, sem outros rótulos. Depois de uma pausa de quatro anos, lançaram no ano passado seu oitavo álbum, They Want My Soul, que assim como seu antecessor, foi direto para as listas de melhores do ano. Foi considerado o melhor disco da carreira da banda pela revista Rolling Stone. Já o site Stereogum afirmou que “ninguém consegue chegar a uma conclusão sobre o melhor disco do Spoon, simplesmente porque um álbum é parte integrante do outro”. Essa unanimidade (não muito comum no meio) em relação à “genialidade” do Spoon levou o Metacritic, site americano que agrupa críticas de diversas mídias, a chamar o grupo de “melhor banda da década 2000-2010”, acima de Radiohead e White Stripes, que também disputavam o título. Desde 2013, o tecladista e guitarrista Alex Fischel, companheiro de Britt Daniel em sua outra banda Divine Fits, entrou para a formação do grupo, ao lado de Erick Harvey e Rob Pope. Assim como em seus discos, os shows do Spoon primam pela atenção aos detalhes: até as músicas tocadas antes e depois da apresentação são escolhidas por eles.