Skrillex maior que Deus no Chile. Ou quase isso

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* Era assim que o Noel Gallagher descrevia (com razão?) o Oasis, no auge.

Não sei se é válido ficar repetindo aqui que a conservadora revista “metal” Kerrang já o chamou de “a voz de sua geração”. Ou que ele é a “revelação do novo punk, o dono da nova new rave”, como disse Perry Farrell, o dono do Lollapalooza, que viu o moleque Skrillex ser, junto com o Foo Fighters, o nome mais comentado na edição chilena do festival, ocorrida neste final de semana.

Foi mais ou menos assim. O Skrillex, rei do dubstep, acabou se tornando a atração principal do “Perry’s Stage”, espaço que foi montado no ginásio Movistar Arena, famoso local que abriga as principais turnês que passam pelo Chile.

A apresentação dele estava marcada para horário conflitante com o do MGMT, que tocava na arena principal e era um dos shows mais aguardados pelo público e pela imprensa local.

Só que o que se viu, no início da noite, foi uma verdadeira multidão nos arredores da Movistar, que tem capacidade para 14 mil pessoas. Muitas filas foram se formando, pessoas se aglomerando, a segurança foi reforçada. O espaço ficou totalmente lotado logo no começo da apresentação. O do MGMT, tadinhos, começou com umas 20 mil pessoas assistindo e acabou com 5 mil, mais ou menos.

Quem foi ao “show” do Skrillex diz que foi uma verdadeira catarse coletiva, desde o começo. Uma rave indoor ou um “caldeirão”, termo utilizado pela imprensa chilena. A cada música, Skrillex foi aumentando o som, já que ele se viu diante de uma plateia que estava se matando e pouco se importando para o calor insuportável. Há relatos que, já pelo final do show, ainda tinha gente tentando entrar no ginásio, nem que fosse para aproveitar 5 minutinhos.

O termo “catarse coletiva” se aplica logo nas primeiras batidas do show. Vê aí e diz se não parece o que poderia ser a recepção do público de Manchester para a volta do Oasis ou dos Smiths?!

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