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* E de repente temos um James Blake. Destaque do Sónar SP em horário ingrato, destaque ontem à noite no Sesc Pompeia em “show solo”, o garoto Silva, extensão bem brasileira de um nome bonito (Lucio), é o novo destaque da música brasileira em poucos dias. Silva é capixaba, morou um tempo na Irlanda do Norte e faz algo entre o indie, a MPB, a eletrônica lowcore e a música clássica. Como disse o Lauro Lisboa Garcia no “Estadão”, o som de Silva é “como juntar Schumann, Nelson Cavaquinho, Ernesto Nazareth, Depeche Mode, Guilherme Arantes e James Blake, com sutileza e pulsação”. Meu amigo Augusto Mariotti, diretor do site fashion “FFW”, conta que o show do Sesc, ontem, foi bem legal. “Som melhor que no Sónar, plateia bem cheia para uma terça-feira fria e chuvosa e para ver um artista brasileiro tão novo (umas 200 pessoas), muitas delas já cantando as músicas do EP”.
Silva tocou mais cinco músicas novas, segundo Mariotti, que devem estar no disco de estreia que, parece, sai ainda este ano pela Som Livre.
“Como no Sónar, ele tocou acompanhado de um baterista (um moleque de 18 anos) que disparava as bases pré-gravadas. O menino promete! No mínimo ele sai do lugar comum dos artistas da nova MPB brasileira, apesar de uma certa influência, nas letras, de Marcelo Camelo aqui e ali.”
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