Run, run, run, Julian… O clássico do Velvet Underground na voz do cara dos Strokes

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Falamos aqui de “Vinyl”, a série, no início da semana. E vamos falar de um fato ligado ao projeto. Mas, antes, permita-nos copiar parte do parágrafo inicial para recapitular a abordagem da série.

“Vinyl” é uma criação de Martin Scorsese sobre uma ideia do “produtor” Mick Jagger, dos Rolling Stones. A trama se passa num dos epicentros mais importantes da história da música: a efervescente Nova York do começo dos anos 70, mais precisamente 1972/73, num momento em que o rock não só estava tentando entender o que havia acontecido de revolucionário ou não no final dos anos 60, o jeito que Beatles e Stones formaram a “indústria musical”, o impacto da bicho-grilagem de Woodstock etc. como estava se rearranjando para assimilar o hard rock cabeludo inglês que chegava, a androginia que florescia, o progressivo que se alastrava, o jornalismo musical e as rádios veiculadoras que ganhavam um poder extremo. E, o mais legal, como tudo isso ia dar, dali a poucos anos, na explosão punk, disco e hip hop, gêneros ou subgêneros embrionário que iam dominar a cena nova-iorquina e não só.

Pois bem. Cortando para hoje. Exatamente hoje saiu o segundo volume da trilha sonora da série. E nele aparece nada menos que Julian Casablancas cantando “Run Run Run”, clássico do Velvet Underground, em um choque de duas NY, a dos anos 60 com os 2000, da maior banda local de sua época com o vocalista mais importante da cena em sua era.

O resultado, óbvio, só poderia ser este petardo.

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