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* Já contei esta história aqui no ano passado, vou repetir neste. Uma vez eu estava em Chelmsford para um desses festivais ingleses e me enrolei na saída. Acabou que tive que andar quilôôôômetros para pegar, se eu desse sorte, o último trem para Londres (last train to London?). Chuva torrencial me pegou no meio do caminho, óbvio. Nenhuma alma para perguntar nada, se guiando num Google Maps à época xexelento. Cidadezinha pacata, quase um grande sítio britânico, casas muito espaçadas. Pensei como se vive num lugar desses, nos outros dias do ano, tirando os dois do festival.
Assim, ó. De Chelmsford é o doidinho Connar Ridd, 19 ou 20 anos, o do meio da foto acima, desde o ano passado o líder do trio FREAK, “acusado” de fazer os singles e os shows mais indie-agressivo da nova música inglesa, depois dos “veteranos” do Slaves. E de fazer os caras insanos do Fat White Family parecer uma banda de… família. Vigor, energia, esporro sonoro no rock inglês hoje, ou desde 2016 mais ou menos, tem sido patrocinado pelo FREAK. Ao lado, claro, do Rat Boy, outro moleque maluco do som britânico, no boníssimo sentido da coisa. Agora ouve isto: Rat Boy também é de Chelmsford. Wtf?
Pois virou o ano e o FREAK, aparentemente a caminho ainda de seu primeiro álbum, lança seu novo single, “Everyone’s The Same”. A música é um manifesto pós-teen sobre essa sociedade escrota que julga as pessoas pela aparência, diz o menino da banda cujos caras têm cabelos castanhos ou pretos, mas descolorem o topo. “The song is about being yourself and not caring, regardless of what everyone else thinks.” Aquelas coisas de sempre, só mudando a geração.
O som, com vídeo, é tipo assim:
* Obviamente, FREAK já toca na Popload Radio.
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