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* Eu tenho a impressão que alguns lançamentos em disco do começo da pandemia, principalmente em março, ficaram meio perdidos no ano, por tudo o que aconteceu com a humanidade, e foram rapidamente esquecidos no meio de tanta informação nova que fomos obrigados a assimilar no período da coisa mais doida que aconteceu nas nossas vidas, vamos colocar assim.
As razões são várias e não vamos aqui filosofar mais sobre elas, mas podemos lembrar rapidamente do magnífico disco da Fiona Apple, do finalmente bom álbum dos Strokes e o quarto trabalho do Porches.
Projeto do músico Aaron Maine, de Nova York, o Porches é uma das nossas bandas favoritas, no quesito indie-indie e tals. Mas não sabemos se o disco que ele lançou em março, o “Ricky Music”, é tão bom quanto os outros porque simplesmente ele foi apagado da memória por todos os acontecimentos, embora lembramos que ouvimos o álbum.
Mas hoje fomos chamados para voltar a frequentar este “Ricky Music” de março novamente, porque o Porches lançou música nova, novo single, no mesmo ano do álbum. É a bela “I Miss That”, indiezinho suingado que traz o melhor que o Porches tem: sua voz única e fofa.
A estratégia é mesmo chamar atenção para o disco, ainda que a música seja inédita. Vamos atendê-lo, claro.
“I Miss That” tem uma letra bem apropriada a arrependimentos vários, então pode doer. “I couldn’t believe what I had / So I threw it away I was bad / Just thinking I liked that, I liked that, I liked that / I miss that, I miss that, now I miss that.”
O vídeo é daquelas obras livres bem alternativas. É o Porches comendo noodles, tocando guitarra em cima da cama, tomando banho numa fonte. O xis é que esse é um lyric vídeo dirigido pelo Dev Hynes, o Blood Orange. Então tudo acaba fazendo sentido.
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** A foto do Porches usada na home da Popload, na chamada para este post, é de Shawna Ferreira.
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