Popnotas – Pânico em SP: Travis Scott vem para cá. Peter Hook traz substâncias para a cidade. Boogarins relembra no interior, ao vivo, como surgiu entre agroboys e indies. E o que a gente achou da lista do Mercury Prize


– O Travis, que não é o nosso, mas é o Scott, foi finalmente anunciado como atração solo para show exclusivo no liiiiindo Allianz Parque em 11 de setembro. O treteiro rapper americano, que está no Rock in Rio, vem antes para cá com a tour mundial de estádios/arenas “Circus Maximus”, feita a partir do lançamento, no ano passado, de seu quarto álbum, “Utopia”. A turnê do músico e produtor texano, quando realizada nos EUA/Canadá em 2023 e início deste 2024, teve 44 datas com ingressos esgotados. As entradas para esta apresentação paulistana, para o público geral assim que acabar os benefícios de pré-venda, vão poder ser compradas aqui.

– Está chegando. Vão caminhando para o fim os ingressos para o show do baixista Peter Hook, graaaaaaande nome do indie mundial (ainda que um pouco desgastado), que volta ao Brasil para um show exclusivo em São Paulo, como parte de sua turnê mundial “Substance”, que junta músicas de dois álbuns (coletâneas) de suas ex-bandas: as gigantes Joy Division e New Order. O show vai ser na Audio, dia 27 de agosto. Os ingressos, em seu terceiro lote, podem ser comprados aqui.

– Nesta sexta-feira dia 26, mais conhecida como amanhã, a banda psicodélica “das nossas” Boogarins faz no Casarão Studio, em Piracicaba, no interior paulista, mais um de seus shows celebratórios. Desta vez é, ainda, para comemorar os 10 anos de seu primeiro álbum de estúdio, o ótimo “As Plantas Que Curam”. A história aqui, que faz o concerto de Piracicaba ser especial, é que ele vai ser gravado em áudio e vídeo, para virar produto de lançamento no futuro próximo. Quando o caseiro disco de estreia dos Boogarins surgiu da cena goiana para o mundo em 2013, algum crítico de música da Folha de S.Paulo escreveria assim: “Filhos de um estado que respira música sertaneja e de uma capital onde jovens menos ‘agroboys’ enveredam pelo indie rock, o Boogarins passou a pertencer à casta de bandas que construíram seu nome no mercado internacional, como Cansei de Ser Sexy e Sepultura”. Os ingressos para o show de Pira, de R$ 40 a R$ 60, podem ser encontrados aqui.

– A premiação de música mais decente do planeta, a britânica Mercury Prize, revelou hoje os nomes que entram na disputa do disco do ano em sua festa. Criado em 1992, o prêmio reconhece o melhor álbum feito no Reino Unido ou Irlanda dos últimos 12 meses. Entre os “nossos” favoritos estão Charli XCX, Beth Gibbons, English Teacher e The Last Dinner Party, este último grupo vencedor do BBC Sound of 2024. Neste ano, a lista vem com oito estreias, tipo os bacanaços Nia Archives e Barry Can’t Swim. Também estão na disputa outros bons nomes como a cantora indie-pop irlandesa CMAT. Beth Gibbons foi indicada para seu primeiro álbum solo, “Lives Outgrown”, 29 anos depois de ganhar o Mercury Prize com sua banda Portishead. Como os próprios artistas precisam se inscrever ao prêmio, fica difícil saber quem pode ter sido deixado de lado na disputa – ou quem só não quis participar. Mas entre os que com certeza fazem falta na lista de indicados está o projeto paralelo do Radiohead, The Smile, com seu segundo álbum, “Wall of Eyes”; Blur e “The Ballad of Darren”; Dua Lipa e seu “Radical Optimism”; Yard Act com “Where’s My Utopia?” e o discaço do Idles, “TANGK”. O vencedor será revelado em setembro – mas pela primeira vez nos 32 anos de história do prêmio, não haverá cerimônia pública de premiação, com shows. Poxa… Será que o “brat summer” leva?

Indicados ao Mercury Prize 2024:
Barry Can’t Swim – When Will We Land?
Berwyn – Who Am I
Beth Gibbons – Lives Outgrown
Cat Burns – Early Twenties
Charli XCX – Brat
CMAT – Crazymad, for Me
Corinne Bailey Rae – Black Rainbows
corto.alto – Bad With Names
English Teacher – This Could Be Texas
Ghetts – On Purpose, With Purpose
Nia Archives – Silence Is Loud
The Last Dinner Party – Prelude to Ecstasy