– O Grammy, a premiação da indústria americana da música, é sempre aquela água, mas a cerimônia de sua 66ª edição, que aconteceu ontem em Los Angeles, teve seus momentos. Para resumir bem, as mulheres arrasaram e os homens causaram na premiação. A sempre fenômeno Taylor Swift, que costuma mexer com a economia de lugares como EUA e Brasil, ganhou seu quarto prêmio de Álbum do Ano com “Midnights” e quebrou assim o recorde da principal estatueta da história do Grammy, deixando para trás Frank Sinatra, Stevie Wonder e Paul Simon. Billie Eilish ganhou como Música do Ano (“What Was I Made For”), Miley Cyrus levou o de Gravação do Ano (!), a Record of the Year, com a música “Flowers”, e a Victoria Monét, que lançou seu disco de estreia no ano passado, ficou com o troféu de Melhor Artista Novo, ganhando, até surpreendentemente, de Fred Again.. e Gracie Abrams, os favoritos.
– Taylor Swift aproveitou as atenções do Grammy para anunciar ainda, quando foi receber um outro prêmio, o de “melhor álbum de pop vocal”, seu próximo disco, que vai se chamar “The Tortured Poets Department”. Ela disse que seu 11º álbum vai sair dia 19 de abril. Nessas, seu Instagram divulgou a bela capa do disco para seus 280 milhões de seguidores.
– O rapper Killer Mike ganhou três estatuetas na noite, ainda na parte que não era televisionada nacionalmente (e internacionalmente) do Grammy. Foi para ele o prêmio de Melhor Álbum de Rap, com o poderoso “Michael”, que saiu em junho. Mas Killer Mike acabou saindo algemado da Crypto Arena com policiais de LA, antes de a cerimônia entrar em sua parte principal, direto para para a delegacia local, por motivos ainda não esclarecidos. Fala-se que Killer Mike se envolveu em uma briga antes de o Grammy começar. Também mais cedo na noite, o extrafamoso rapper Jay-Z foi agraciado com o troféu do Grammy para o “conjunto da obra”, o impacto de seu trabalho na música, essas coisas. E no discurso meteu o pau na inconstância e na métrica estranha do prêmio principalmente com os artistas pretos. Falou, por exemplo, achar esquisito a sua mulher, Beyoncé, ter o maior número de estatuetas (ela seria superada mais tarde pela Taylor Swift no geral) e nunca ter ganho a mais importante láurea do Grammy, o Álbum do Ano.
– A parte das performances ao vivo também foi agitada. Nomes históricos e raros para noites assim foram atrações da noite. Os veteranos Billy Joel (que não se apresentava no Grammy desde 2002) e Joni Mitchell (80 anos) foram destaques, junto com a cantora Tracy Chapman. As meninas Billie Eilish, Olivia Rodrigo, Miley Cyrus, Dua Lipa e SZA também se apresentaram na noite, entre outros. Até o grupo irlandês U2 tocou no Grammy, este de longe do local da premiação. A banda de Bono fez um número ao vivo especial para a noite com uma performance diretamente da Sphere, em Las Vegas, onde faz sua residência. O U2 mandou ao vivo “Atomic City” para o Grammy. Ainda não tem muito material dos shows da noite do Grammy liberados para o Youtube e os poucos que aparecem são derrubados. Por enquanto tem estes abaixo. Vamos atualizando durante o dia.
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* A foto de destaque da home da Popload para este post traz Taylor Swift recebendo seu troféu de Álbum do Ano, com o produtor Jack Antonoff a seu lado. A imagem é de Mike Blake/Reuters, para o “New York Times”.