Popnotas – As novas músicas sérias do DIIV e da BANKS. E a Dua Lipa fazendo Daft Punk na terra do Daft Punk

*** O sempre bom DIIV lançou nesta segunda-feira (19) a inédita “Return of Youth”, acompanhada de um videoclipe profundamente emocional, marcado por uma tragédia pessoal. A canção foi gravada após os incêndios florestais que atingiram a região de Altadena, na Califórnia, em 2024, desastre que destruiu a casa do vocalista Zachary Cole Smith. O músico e sua família, incluindo sua esposa grávida e seu filho pequeno, conseguiram evacuar o local a tempo, mas perderam o lar e todos os seus pertences. Em um comunicado oficial, Smith revelou que escreveu “Return of Youth” pouco antes do nascimento do filho, como uma reflexão sobre paternidade, esperança e a beleza contida nas coisas simples da vida. Após os incêndios, a faixa ganhou novos significados, tornando-se também uma meditação sobre perda, reconstrução e resiliência. A faixa é a primeira do grupo desde o aclamado álbum “Frog in Boiling Water”, lançado ano passado, que por coincidência já trazia um DIIV explorando temas de transformação pessoal e existencialismo. Além do lançamento, o DIIV anunciou novas datas de sua turnê europeia, que acontecerá neste verão, além de shows extras em Los Angeles e na Austrália, ainda este ano.

*** A cantora e compositora norte-americana BANKS lançou também nesta segunda-feira a faixa “Candy”, presente na edição deluxe de seu mais recente álbum, “Off With Her Head”. Em um trabalho marcadamente pessoal, a artista mergulha em reflexões profundas sobre saúde mental, uso de antidepressivos e os sentimentos contraditórios que envolvem esse tipo de tratamento. “Candy”, este novo single, foca em experiências íntimas vividas pela cantora californiana durante momentos de depressão. Em entrevista ao site The Line of Best Fit, a cantora revelou que escreveu a música enquanto refletia sobre a culpa e a raiva que sentia por depender de medicação para lidar com a própria saúde mental. “Sentia como se fosse fraca. Isso me deixava com raiva. É algo que precisei superar”, afirmou. “Esta música está repleta de histórias pessoais contadas de forma onírica. Ela carrega raiva, culpa, vergonha, sensação de estar perdida, amor e aceitação em sua composição”. Em referência ao título da faixa, BANKS conta que fez uma alusão aos comprimidos que são oferecidos para pessoas doentes como sem fossem “um doce oferecido a uma criança para que ela pare de chorar”, e que esse contraste entre elementos infantis e temas pesados é justamente o que dá identidade à canção: “Se cria um mundo que parece estranho e belo”, resume.

*** A incrível Dua Lipa anda bombando com sua Radical Optimism Tour, atualmente pela Europa. Além das músicas lançadas em seu disco mais recente, um grande atrativo dos shows é que a inglesa tem se esforçado para cantar covers de artistas locais. Em solo francês, por exemplo, ela resolveu fazer sua própria versão do super hit “Get Lucky”, do duo Daft Punk, um dos maiores expoentes da música oriundos da França em todos os tempos. A releitura aconteceu nesse final de semana que se passou, em Lyon. Acompanhada por sua banda ao vivo, ela manteve os riffs marcantes de guitarra e os beats eletrônicos da versão original, lançada em 2013, criando uma atmosfera nostálgica e, ao mesmo tempo, moderna. Além do hit do Daft Punk, Dua colocou em seu set a canção “Dernière Danse”, da cantora francesa Indila. A turnê segue pela Europa até o final de junho, com passagens por Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica e Reino Unido. No segundo semestre, além de um rolê pela América do Norte, Dua Lipa fará shows nos dias15 de novembro, em São Paulo, e 22 de novembro, no Rio de Janeiro.