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* O algo repentino fim do duo francês Daft Punk depois de 28 anos de músicas luminares está deixando marcas profundas de saudade no mundo musical, a começar por botar suas canções em altas execuções e vendas nas plataformas. No dia em que eles anunciaram o fim, o hit “Get Lucky”, do último disco deles, o “Ramdom Access Memories” (2013) teve um aumento de 180% na procura nas plataformas de streamings. “One More Time”, de 2000, talvez o maior sucesso “popular” da dupla, foi ouvida 368% mais que o normal. Já a loucura “Around the World”, 381%. “Harder Better Faster Stronger” (2001), 418%. Até Julian Casablancas ganhou um “up” na carona do Daft Punk. Sua colaboração com os robôs franceses em “Instant Crush” foi buscada para compra ou audição em mais de 392% do que o normal. Entre os discos do Daft Punk procurados, o segundo álbum, “Discovery”, foi o mais nesta semana do epílogo. Na segunda-feira, o disco foi “streamed” 1.5 milhão de vezes, um aumento de 429%. Sua venda digital subiu 8.000%. Um número interessante vem do Spotify: perto de 460 mil pessoas procuraram músicas do Daft Punk na plataforma pela primeira vez.
* Está chegando a hora. O novo álbum da Julien Baker, “Little Oblivions”, sai nesta sexta-feira, mais conhecida como amanhã. O álbum vai ter uma listening party promovida pela NPR Music, já ganhou artigo na revistaça “New Yorker” e revelou agora mais um single, “Heatwave”. Ansiedade quase aplacada de tantos singles dele que já temos, mas, ainda assim, estamos aqui na espera desse lançamento. Vem um discão, apostamos.
* Aliás, a Julien participa no dia 2 de março de uma mesa sobre saúde mental ao lado de Gerard Way, do My Chemical Romance, e da cantora DeathbyRomy. O papo rola nos canais da @soundmindlive.org às 22h. Quando a gente comenta que o indie-mental health é uma realidade…
* Amanhã também será lançado o novo EP da banda indie Real Estate. O grupo de New Jersey vem com seis músicas construídas de maneira curiosa. O material já existia antes da pandemia, pensado durante a produção do álbum “The Main Thing”, lançado em 2020, mas foi finalizado já com a banda trabalhando em esquema de isolamento social. “Half a Human”, um som que já rolava em shows deles e que está no EP, está disponível nas plataformas.
* Vem aí um livro de letras do Paul McCartney. Mas “THE LYRICS: 1956 to the Present” não será só uma coletânea das composições de Paul. A obra seleciona 154 canções de todos os estágios de sua carreira com textos inéditos do ex-beatle sobre “as circunstâncias em que foram escritas, as pessoas e os lugares que as inspiraram e o que ele pensa delas agora”. Junto com esses textos, um extenso material de arquivo raro – entre rascunhos, cartas e fotografias. No material de divulgação, Paul comenta: “A única coisa que sempre consegui fazer, seja em casa ou na estrada, é escrever novas músicas”. Em outras palavras, “The Lyrcs” deve ser o mais perto que teremos de uma autobiografia dele. Imperdível. O livro só saí em novembro, mas já está em pré-venda, uma edição brasileira ainda não foi anunciada.
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