POPNOTAS – A adolescência e o Guns N’Roses, o Bad Religion e o Trump, Julien Baker e a depressão, o Killers e o “coolness” resgatado

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– Os Descendents já tinham feito sua música mandando Donald Trump ir passear (as palavras que eles usaram são levemente mais agressivas). Agora é a vez do Bad Religion, também do selo Epitaph, abordarem a saída do figurante de “Esqueceram de Mim 2” da presidência dos Estados Unidos. “Emancipation of the Mind” é menos uma crítica direta a Trump e mais um elogio à mente aberta e à liberdade. Tudo que o Trump detesta.

Guns N’Roses é sempre uma questão delicada. No Brasil, onde a banda mantém muitos fãs, ainda mais. Seja hater ou adorador, vale ler o pequeno artigo da jornalista Rebecca Nicholson no diário britânico “The Guardian” sobre sua paixonite infantil pelo Guns. Ainda que esse amor pela banda tem começado a desmoronar quando ela deu de cara com o machismo de Axl na treta com Courtney Love e Kurt Cobain, a autora faz um belo relato sobre sua paixão pura por aqueles cabeludos encrenqueiros e sua música em um tempo em que ela não sabia nada do mundo. Quem ama música desde cedo vai entender o sentimento. O texto pertence a uma genial série do “Guardian” sobre bandas que influenciaram seus jornalistas musicais na adolescência. Ficaremos de olho nas próximas.

– Quem tem o inglês afiado pode aproveitar bem os 40 minutos da Julien Baker conversando sobre questões de saúde mental no podcast “Going There with Dr. Mike”. No papo, a compositora e multiinstrumentista indie reflete sobre sua forma de lidar com a depressão e o TOC. O podcast, que é dedicado à saúde mental de músicos, ainda tem um episódio com Samuel T. Herring, o vocalista dançarino fofo do Future Islands. A gente vem falando há tempos por aqui da cada vez maior presença do assunto “saúde mental” na nova música. Sempre teve, mas agora o tema chega a moldar uma linha significante da nova geração. O “Going There with Dr. Mike” é uma série criada pelo espertíssimo site americano “Consequence of Sound”.

Captura de Tela 2021-01-21 às 7.45.18 AM

– Causou um certo agito no mundinho indie ontem um clipe de uma música nova do Killers ontem, mostrando a banda no estúdio com… Dave Keuning. Guitarrista e fundador da banda ao lado de Brandon Flowers, Keuning, que já tinha participado pouco do quinto disco da banda, de 2017, ficou em um “sabático” por quase quatro anos e estaria voltando. Os fãs dizem que com Keuning o Killers recupera o “coolness” perdido. Hum.

– A Kill Rock Stars é uma gravadora independente dos Estados Unidos fundada Slim Moon e Tinuviel Sampson. Quem não a conhece deve se lembrar de nomes que passaram por lá. Que tal Bikini Kill, The Decemberists, Sleater-Kinney e Elliott Smith? Em 2021, o selo completa 30 anos e em comemoração promove uma série de covers de clássicos do seu catálogo. A primeira foi Mary Lou Lord e Mikaela Davis em uma versão de “Some Song”, do Elliott Smith, e a segunda é Mike Watt + The Black Gang (aka Nels Cline and Bob Lee) com “Rebel Girl”, das Bikini Kill.

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