* Popload em Londres.
* Sabe como é. Viemos ver o que está rolando aqui nos domínios da Rainha. Popload inicia hoje um pequeno giro entre Londres e Glasgow, na Escócia, atrás de algumas das coisas que mais interessam nesta vida. Música, cinema e futebol. É a “famosa” trip de começo de ano no Reino Unido, onde por causa do inverno as bandas grandes ficam enfurnadas em estúdio e os espaços se abrem para bandecas novas. Vamos conversando sobre isso por aqui.
* Aí o avião aterrissa hoje de manhã e o chefe de cabine da British avisa no sistema de som: “Londres está um pouco ‘chilled’ nesta manhã: SETE GRAUS NEGATIVO”. Neste momento o solzão está bombando: deve estar -1. Tem lugar na Inglaterra que está tipo a foto abaixo:
* Começou ontem em Londres e vai até o dia 12 o já famosinho festival “Next Big Thing”, bancado pela cadeia de discos/games/filmes HMV. Os caras têm a manha de selecionar 252 grupos e espalhá-los por seis clubes de Londres todos os dias. Três bandas por noite. Com o ingresso custando o equivalente a R$ 30 na moeda inglesa (ten pounds). O Next Big Thing é mais ou menos “rival” da batelada de shows que o semanário “New Musical Express” espalha por Londres neste período, que culmina na grande noite de premiação do NME Awards, desculpa a redundância explicativa. Tanto o Next Big Thing quanto o NME Awards Shows têm reflexos em outras cidades da Inglaterra. Vou ver o que eu consigo pegar disso.
* Botei os pés na loja de disco Rough Trade, no East, só porque fica pertinho do meu hotel. E, assim que eu entrei, o Nick Cave estava berrando nos falantes com seu Grinderman. A música era aquela “Bellringer Blues”, mas no remix absurdo do Nick “Yeah Yeah Yeahs” Zinner, que distorce o órgão da música, pensa. Órgão distorcido, hehe. Pelo que eu entendi, está saindo um disco de remix do Grinderman ainda com Josh Homme, o duo Cat’s Eyes e até o veterano Robert Fripp. Nice.
* Manchete do “Sun” de hoje é o seguinte: “Eu dormi com 1.000 homens… Mas eu era um homem até outro dia”. Ok?
O lance foi que na terça, num programa desses matinais da ITV, apareceu uma mulher dizendo-se viciada em sexo. Isso, por incrível que pareça, é capaz de chocar os ingleses. Daí a mulher bombou na internet depois da revelação na “Ana Maria Braga” deles, mal comparando. E os jornais foram atrás dela. E o “Sun” descobriu que o fenômeno relâmpago internet-televisivo, a Crystal Warren, na verdade era o Christopher Snowden até 2005, quando ela operou. Os mil homens vieram nos últimos sete anos, pelo que estou entendendo. Ou desde 2002, quando ela(e) já se vestia de mulher, mas escondia “a parada”. “Poucos homens dessa soma souberam que na verdade eu mesmo era um homem. Ninguém nunca me perguntou…”
* Ainda pelo que estou entendendo nas poucas horas em que estou circulando pela cidade, a música do “australiano” Goye, aquela “Somebody That I Used to Know”, é a nova “Wonderwall” para os ingleses, haha. Está tocando absurdamente de lojas ao Starbucks.
* Lana Del Rey na capa da “Vogue UK”, né? A “Time Out” botou uma nota até modesta para o disco dela em sua crítica nesta semana. Três estrelas, de cinco. Mas no final do texto, entrega: “Haters keep hating: we’re on Team Lana”.
O “Guardian” tem uma seção chamada “Still Hot”, para discos que saíram nas últimas semanas e valem a menção nesta, em seu caderno “Film & Music”. O primeiro disco a ser lembrado é da moça. o texto é assim: “The haters have hated, leaving pop fans free to love this”.
Polarizou mesmo, não tem jeito.
* É picareta, óbvio, mas adorei a tour abaixo, que transcorrerá em maio pelo Reino Unido: