POPLOAD NOW: cinco nomes para você correr atrás agora, estrelando TTRRUUCES, Sinead O Brien, Ghostpoet, Working Men’s Club e Egyptian Blue

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* Mais de 200 dias de pandemia já se passaram. A gente já assou pão, assistiu muita live, chorou vendo qualquer doc sobre música e se em outros tempos, nesta época do ano, estaríamos lavando aquela camiseta de banda para montar o lookão do nosso querido festival, que aconteceria por agora. Hoje só estamos caçando o que tem de novo para ouvir, mesmo.

Sendo assim, sob nítida influência por muitas horas de BBC Radio, a Popload separou aqui cinco bandas ou artistas britânicas (ou quase) que a gente vem ouvindo sem parar, graças às nossas conexões novidadeiras!

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** GHOSTPOET

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A gente paga um pau para o Obaro Ejimiwe, aka Ghostpoet, há um tempinho. É um cantor-compositor-produtor londrino bem colocado no underground da música britânaica que já fez um barulhinho no mundo da música quando foi indicado não uma, mas duas (!!) vezes para o Mercury Prize. Em 2011, ao lado de Metronomy e Adele, o artista perdeu para ninguém menos que PJ Harvey. Já em 2015, foi a vez de Wolf Alice superá-lo. Ghostpoet também já apareceu em músicas do Massive Attack e tocou nos incríveis Glastonbury e Sonar.
Em 2020, Ejimiwe volta com o lançamento do chapante “I Grow Tired But Dare Not Fall Asleep”, em maio, seu quinto álbum, que traz uma atmosfera sombria, rifs mil, alguns momentos “jazzísticos” e letras carregadas como “Once again, the happy pills ain’t doing shit” (“Mais uma vez, as pílulas da alegria não fizeram merda alguma”).
Sobre seu gênero musical muitos tentaram “encaixar” o artista como hip-hop ou trip-hop, ao que ele mesmo respondeu no Twitter: “Por que é tão importante para mim fazer parte de um gênero predeterminado com seus parâmetros e regras? Sou apenas um artista que experimenta sons e adora guitarras. Não há problema em se confundir, nem tudo na vida precisa de explicação, às vezes só temos que seguir em frente.”

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** WORKING MEN’S CLUB

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Dançante, meio raver, meio post punk, essa a gente até já chegou a ver ao vivo, no ano passado. Mas, como só cresce e acabou de lançar seu sacolejante disco de estreia, homônico, porque nem precisava mesmo dar um outro nome que não o da própria banda, aparece aqui bem na nossa lista de recomendações.
A ótima “Valleys” abre o disco já num mood “Klaxons conhece Human League”. Muito synth, electrofunk que fazem você querer ir direto para o clássico clube Hacienda, de Manchester, mais ou menos de propriedade do New Order.
A galera de West Yorkshire debutou ano passado com seu primeiro single e não podia ter aparecido em época melhor, com letras que misturam esperança, desespero e uma ânsia por recomeço. É a pedida perfeita nestes tempos bizarros.

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** EGYPTIAN BLUE

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Essa é para você que é fã da leva do novo (já não tão novo) post-punk britânico, como Shame (sdd daquele Balaclava, hein!), Idles, Black Midi…
Egyptian Blue traz direto de Brighton um som que eles mesmos descreveriam numa bio de Tinder como “Post-punk music obsessive, influenced by the surrounds of faded seaside glamour and the people it attracts, with only a loyal cat for company”, algo como “obcecados por música post punk, influenciados por um glamour à beira-mar decadente e pelas pessoas que ela atrai, tendo apenas um gato fiel como companhia”.
Essa pira não é nossa. É de uma entrevista deles para a ótima revista inglesa “DIY”. Aliás, foi por lá mesmo que fizemos esse achado.
Os caras ainda não têm um álbum lançado, mas tem soltado vários singles incríveis desde o ano passado. Aqui você confere “Collateral”, do EP intitulado “Collateral Damage”, que também tem a ótima “To Be Felt”. Divirta-se

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** SINEAD O BRIEN
Esta é nossa nova obsessão. De origem irlandesa, com um pezinho na moda (no dia-a-dia ela trabalha como alfaiate), mas da turma do agitado East London, O Brien de cara nos lembra Patti Smith e seu espírito poeta. Meio performática e também inserida no post-punk, ela a cada música ou a cada vídeo nos dá vontade de vê-la cada vez mais, de ouvi-la cada vez mais.
Por enquanto, ela só lançou um EP e um single e alguns vídeos legais, mas já está sob o cuidado do selo que também produziu os geniais Franz Ferdinand, Bat For Lashes e Fontaines DC, o Speedy Wunderground.

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** TTRRUUCES

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O misterioso duo cujos integrantes respondem pelos nomes de Sad Girl e Lost Boy lançou o disco de estreia homônimo em junho deste ano. Com um som que eles descrevem como “rock opera”, ainda têm uma historinha sobre terem se conhecido experimentando a droga TTRRUUCES e desde então estarem em busca de um “renascimento espiritual”.
Enigmas à parte, a gente curtiu bem o single “The Disco”, que tem um vídeo tão animado quanto o título da música sugere.

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* Esta seção é pensada e editada por Lúcio Ribeiro e Daniela Swidrak.

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