Popload nos festivais: o último show da vida do Knife, na Islândia

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* De certa forma, a Popload esteve presente no último show da história dos suecos The Knife. A trupe se apresentou no último sábado como atração principal do Iceland Airwaves, festival de música alternativa que há quase duas décadas acontece na Islândia. A poploader Talita Alves estava lá e conta um pouco do que foi este show histórico.

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A noite mais esperada de todas no Iceland Airwaves’14 foi a do último sábado. A Islândia meio que se preparou para receber o Knife. Até a aurora boreal resolveu aparecer. Uma das coisas mais lindas foi ver o céu ficar colorido a noite.

Reykjavik parece carnaval durante o Airwaves, comentário de um brasileiro que mora aqui e faz todo o sentido. A cidade respira música e festa com o evento. Uma média de 6-8 mil pessoas do mundo todo pulando de um local para o outro querendo ver um pouco dos nomes escalados para o festival.

Além das 24325643 bandas que se conhece por aqui e nem sei dá para escrever/pronunciar os nomes, teve o tal último show do The Knife. A apresentação ia começar às 22h. Meia hora antes já havia uma fila gigante que terminava do lado de fora da Harpa. Muitos islandeses estavam lá pra ver o duo pela primeira vez (na verdade pela primeira e última vez). No palco, os suecos levaram exatamente o mesmo espetáculo complexo da turnê “Shaking The Habitual”. A única diferença foi o clima de despedida e eles lembraram esse momento de um jeito que só o Knife poderia fazer.

“I wanna a party that no one remembers its name, with healthy organs in any color. A body that I can offer. Your body, your body. A blind body, a body that no matter who you are”. Este é um pequeno trecho de um discurso/manifesto que eles fizeram durante o show.

Foram oito dias mágicos na Islândia, dias sem dormir direito, com um show atrás do outro, uma caixa de relaxante muscular do lado pra aliviar o peso. Com um festival que acontece em um país lindo de um jeito bem peculiar. Faz muito frio, mas tem vulcão. Um lugar onde as coisas funcionam perfeitamente. Um exemplo: a polícia geralmente não tem o que fazer por aqui, então eles ajudam a colocar os enfeites de Natal na rua. Uma cidade com pessoas especialmente queridas e que adoram conhecer brasileiros.

Fora que eles têm o melhor hot dog do mundo, mas estão começando a produzir cervejas artesanais incríveis que logo menos vão roubar o título de “melhor da Islândia”.

Um brinde ao Knife.

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