Popload no mundo árabe. Tempestade de areia, Obama, a dinastia musical e a menina que teria se matado por ser eliminada do "Arab Idol"

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* Popload em Petra, Jordânia. Aqui estão, no total, a Popload, Obama e uma revoada enorme de sírios que invadem o país fugindo da guerra civil no país que fica a alguns poucos quilômetros daqui.

* A viagem está emocionante. Hoje, sexta, uma tempestade de areia fechou várias estradas de deserto aqui no Reino da Jordânia. Adivinha onde eu estou?

Popload em Petra, a histórica cidade esculpida nas pedras que foi construída tipo em 300 ANTES de Cristo. Camelei de tanto andar por aqui. E ainda sorri

* O “assunto” aqui no mundo árabe, tirando um milhão de outros assuntos, é a garota que supostamente teria se matado, COMO PROMETIDO, porque não passou para frente nas etapas de classificação do programa de calouros “Arab Idol”, o “American Idol” da região. A garota é iraquiana e se chama Raghad Al Jaber e tem um quê de emo. Se veste de preto, cabelo e unhas roxas. Uma árabe dark. Num desses vídeos de apresentação dos concorrentes, ela disse claramente que iria se matar se não passasse de fase no programa. Aí, ruim, não passou mesmo. Os boatos começaram na sequência porque a garota teria sumido. O dono da rede onde passa o “Arab Idol” veio a público avisar que investigou e que era só boato. Ela estaria viva. Mas nas redes sociais iraquianas, ou árabe, amigos dizem que, sim, ela cortou os pulsos. Pelo sim pelo não, verdade ou não, publicidade ou vida real bizarra, eles tratam o assunto “celebrity” aqui de um jeito um pouco mais “punk” que o ocidente, acho. Porque tem um boato em cima do boato de que o vídeo dela se matando, cortando os pulsos, deve aparecer logo mais no Facebook. Historinha para lá de Bagdá… O “sabor” desse papo vem, pelo que eu entendi, de que a menina se inspirou numa cantora árabe mais veterana de sucesso aqui que por sua vez era influenciada pela… JOELMA, da banda brasileira brega Calypso, do Pará.


Acima, a dark (mesmo) Raghad Al Jaber. Abaixo, acho, é o vídeo de Raghad dizendo

* Estou para entender melhor a piração atual dos jovens jordanianos (os que pendem ao eletrônico) em torno do respeitado músico local Omar Faqir… um jazzista. O cara é a terceira geração de músicos famosos da Jordânia, dinastia sonora que tem mais de 100 anos nas paradas locais. Os Faqir são assunto local mais que o dobro do que o Roberto Carlos frequenta o imaginário musical brasileiro, pensa. O avô era um maestro importante de um instrumento daqui de cordas, o qanun, e o pai um gênio virtuoso de ney, uma flauta de bambu que dá aquele clima oriente psicodélico às músicas árabes. Esse Omar é novo, acho que 37 anos. Pianista e tecladista, é considerado o “pai do jazz” na Jordânia. Mas a queda dele do clássico para o fusion, agora, tem atraído um monte de moleques jordanianos afeiçoados ao rock, pelo que li. E, de uns tempos para cá, para a eletrônica e seus remixes. Vou ver se encontro algo disso. Faqir é hit e vanguarda, aqui.
Encontrei um vídeo de um festival local em que Omar lidera uma galera fazendo uma cover de Jaco Pastorius, haha.

* Popload está no Reino da Jordânia, no Oriente Médio, a convite do Jordan Tourism Board.

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