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* É hoje! O músico inglês Noel Gallagher, ex-cabeça da superbanda Oasis e agora cabeça natural de sua própria aventura solitária, a banda Noel Gallagher’s High Flying Birds, toca nesta noite em São Paulo, chegando direto da turnê americana, que passou duas vezes num lindo fim de tarde pelo Coachella Festival, recentemente. Show em fim de tarde depois do solzão do deserto, ainda mais com a cor dourada do céu californiano, é bom até se for o do Rappa (!). Imagina então um que tem as deliciosas canções de “pop perfeito” do Gallagher.
* O irmão do Liam já tem programada uma outra vinda ao Brasil, tirando essa miniturnê de dois shows que chega a São Paulo hoje e passa pelo Rio amanhã. Ele mesmo começa contando que história é essa, nesta conversa que saiu publicada na “Ilustrada”, da Folha de S.Paulo, mas aparece aqui better, longer, uncut. Diz então, Noel:
* “É sempre fantástico voltar à América do Sul. Os shows são sempre intensos e dão uma nova vida às turnês de qualquer artista. É a conversa de sempre, mas acaba sendo a pura verdade”, disse Gallagher em entrevista por telefone pouco antes de se apresentar em Milwaukee, EUA, ainda em abril.
“Eu adoro o Brasil e tocar aí. Inclusive já sei com certeza que vou voltar ao país em 2014. Mas de férias, com a família, não para tocar. Quero passar longos dias por aí. Praia de Copacabana, comida incrível, mulheres bonitas. E, acima de tudo, não posso perder uma Copa do Mundo no Brasil.”
* Antes que a curta entrevista descambasse para o futebol (Messi, Neymar, Manchester City e “quem é mesmo esse técnico da seleção brasileira?”), assunto em que Noel sempre está metido quando não está falando sobre música, o irmão e eterno desafeto de Liam Gallagher contou sobre a vida pós-Oasis.
O belo álbum “Noel Gallagher’s High Flying Birds” foi lançado em outubro de 2011, pouco mais de dois anos do fim definitivo de sua famosa e agora ex-banda. O disco de Noel foi muito bem recebido pela imprensa inglesa, impiedosa com os últimos CDs do Oasis, e logo chegou ao topo das paradas britânicas, fechando o ano como o segundo disco de rock que mais vendeu no Reino Unido no período, atrás só do último do Coldplay.
* “É sempre bom ver boas resenhas sobre seu disco, ser amado por jornalistas e tal. Mas isso tem um peso muito pequeno para mim diante de saber mesmo o que as pessoas, os fãs, acham do meu trabalho. E, vendo a recepção dali do palco, quando eu toco as músicas novas, me parece que eles gostaram. E isso sim me importa”, falou Noel, dando a cutucada de sempre.
* “Eu sou o maior crítico de mim mesmo e sei que fiz um disco o mais perto da perfeição que eu posso atingir como músico. São grandes canções pop, dessas de cantar junto, cantar em pub, como eu gosto de fazer. Mas não sei se o álbum caberia como um ‘próximo disco do Oasis’, se a banda continuasse. É o meu disco, entende?”
* Li numa entrevista que Noel considera a Beady Eye, a banda do irmão Liam, a melhor banda de rock do mundo. Perguntei se era irônico ou se achava mesmo isso. “Acho isso sim. Não sei por que as pessoas não acredito quando digo isso”, reafirmou Noel, mas, claro, sem convencer.
* Em seu show, Noel canta muitas músicas do Oasis. No Coachella, das 12 músicas da apresentação, metade delas era de sua ex-banda. Se Noel Gallagher sente falta do Oasis hoje em dia?
“Humm… Às vezes. Um pouco. Não muito. Quase nada. Talvez. Não sei ao certo. Ando muito ocupado para pensar no Oasis.”
Noel tocando há poucas semanas no Coachella Festival, na Califórnia. O ex-Oasis toca em São Paulo hoje às 22h, no Espaço das Américas, na Barra Funda
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