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* Qual a camiseta mais velha de banda que você tem? Dessas que quase não dá (ou nem dá) para vestir, mas você guarda porque não tem coragem de jogar fora esse item tão valioso para a sua história. Eu tenho algumas, guardadas em algum lugar, mas acho que meu “bem” mais precioso é uma do Nirvana de 1991, da turnê inglesa imediatamente posterior ao lançamento daquele disco lá, o “Nevermind”, comprada por um amigo no show de Londres. E também uma do show imediatamente anterior do lançamento, comprada por mim mesmo no Reading Festival daquele ano.
Das que eu sei que tenho agora no meu guarda-roupa atual e às vezes até uso para tipo ficar em casa, ir ao supermercado, é uma roxa do Dinosaur Jr, com uma vaquinha na frente. Essa acho que é de 1993 ou 1994, porque lembro que foi trazida para mim dos EUA pelo jornalista de música da Ilustrada (Folha), o Thales de Menezes.
E por que eu estou falando isso e o que tudo tem a ver com Londres?
Por que aqui, no próximo dia 25 de novembro, vai ter o #TshirtDay, que estimulará os fãs de música a ir trabalhar com ou estudar com ou simplesmente usar uma camiseta de banda antiga. A campanha tem envolvimento de bandas, de DJs de rádio, até da BBC.
O dia international da T-Shirt é famoso até, americano, e rola acho que em junho, todo ano, tirando do fundo da gaveta não só camiseta de banda, mas de qualquer coisa que marcou a pessoa que vai usar. Uma velha dos Simpsons. Uma de campanha política de alguém supersimpático que nunca iria ganhar eleição. Até uma lisa, sem estampa.
Só que na Inglaterra, óbvio, resolveram adaptar para música, no caso “bandas”, porque aqui é aqui. Vamos acompanhar o dia 25/11.
Aliás, poderíamos fazer o mesmo no Brasil, via Popload. Topa? Publico as fotos num post. Mais para perto da data eu vou lembrar você.
* Você entra na Rough Trade, a loja de discos do delicioso quarteirão do lado East de Londres, perto da Brick Lane, e fica tonto de tanta informação. Tonto de tanta. E é só uma loja de discos. Mas é como se fosse uma boa revista para ler. Um site ótimo de música nova para navegar. E, de novo, é só uma loja de discos.
A Rough Trade informa que talvez você devesse ouvir a australiana fofa Julia Jacklin, que acabou de lançar seu primeiro disco, “Don’t Let the Kids Win”, e vai fazer show na loja na semana que vem. Eles lembram também que o grupo Kero Kero Bonito, daqui de Londres, que já teve destaque aqui na Popload, acabou de lançar seu divertido álbum de estreia, misturando pop japonês e indie inglês. Mistura como essa você não vai ver nunca em outro lugar. A simpática vocalista, Sarah Midori Perry, tem os dois sangues. E faz rap em japonês e em inglês às vezes na mesma música.
Mas o que eu curti também, nas susgestões da loja, foi a banda Black Honey, de Brighton. Curti o som e quando fui ler sobre eles na internet alguém definiu assim: “Curte a ideia da Lana Del Rey loira cantando numa banda formada por uns indies shoegazer? Tente esse quarteto de Brighton, então”. O Black Honey andou abrindo para o Slaves e vai tocar na festa de Réveillon do “New Musical Express”, no clube Koko, onde eu já deixei muitos pounds em cerveja e muitos momentos musicais felizes na minha vida, quando o lugar se chamava Camden Palace.
* A banda inglesa de electroindie Glass Animals, o outro nome bom de Oxford, está em turnê europeia para promover seu novo álbum, “How to Be a Woman Being”, lançado no final de agosto. Em Bruxelas, na Bélgica, no começo desta semana, participaram de uma session em uma rádio indie local, a movimentada Studio Brussel (andei um tempo escutando ela, anos atrás). Na session, o Glass Animals tocou o single bombator “Life Itself”, numa pegada “versão de brinquedo”, e ainda uma releitura indie para uma música do… Kanye West, a massiva “Love Lockdown”. Né?
*** A Popload viaja à Europa a convite da companhia aérea Air France.
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“How to Be a Human Being” né não?