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* Ainda nem foram anunciados oficialmente, talvez nem serão. Nos bastidores de shows argentinos circula a notícia de que não acontecerão por lá as turnês do ex-beatle Paul McCartney, certa para passar por Buenos Aires em novembro, e dos Rolling Stones, que passaria pela região em fevereiro de 2015. Tudo por conta da crise política e principalmente econômica do país vizinho.
Na rota sul-americana dos shows internacionais, a Argentina forma uma trinca preciosa para a realização dos concertos junto com Chile e Brasil. Sem os shows na terra dos hermanos, ficam comprometidas as vindas das bandas para estes lados. Porque ou Brasil e Chile teria que aumentar a fortuna que já estão pagando ou arrancar dinheiro de compensação em mercados que não estão preparados para uma empreitada dessas.
Produtores argentinos poderosos já teriam aberto mão das duas atrações gigantes. Primeiro porque passam a não ter mais garantia de retorno de shows tão absurdamente caros para realizar em tempo de crise sem precedentes. Depois porque, no caso dos Rolling Stones por exemplo, a banda exige um seguro de até 5 milhões de dólares para fechar contrato com os argentinos. E os produtores locais não conseguem uma garantia bancária nesse valor para garantir a realização de shows.
No caso de Paul McCartney, que estaria fechado para dois shows em novembro no estádio do River Plate, com a possibilidade de uma terceira apresentação na cidade de Córdoba, a notícia é imediatamente desanimadora. Seu cachê por show, fora o seguro para a tour e para o aluguel de estádio, é de 3,5 milhões de dólares por concerto.
A poderosa produtora local Fênix, por trás das duas turnês depois de vencer concorrências milionárias, já teria desistido da vinda tanto de McCartney agora quanto dos Stones no ano que vem, é o que está rolando na Argentina. A outra poderosa mas brasileira, a Time For Fun, tenta salvar os shows argentinos e, por conseguinte, garantir a turnê no Chile e no Brasil.
Vamos aguardar os próximos e dramáticos capítulos dessa encrenca do rock.
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