Desde 1994, Omar Souleyman domina a cena musical de Ra’s al’-Ayn, na Síria, onde começou cantando em casamentos. Aos poucos, foi ganhando fama nos países vizinhos até chegar ao YouTube e conquistar outras partes do mundo, impulsionado por “I Remember Syria”, seu primeiro “hit ocidental”. Com a ajuda do músico americano Mark Gergis, que passou dez anos colecionando fitas cassetes de Souleyman, em 2007 Omar lançou sua primeira coletânena nos EUA pela Sublime Frequencies, de Seattle. O sucesso do vídeo “Leh Jani” rendeu convites para que ele se apresentasse pela Europa. Três anos depois, Souleyman já havia atingido o status de “lenda cult” e “ícone árabe” em publicações que iam de sites de indie rock, como o Pitchfork, aos dedicados à música popular contemporânea. Em 2011, encantou o disputado festival Glastonbury, passou por Portugal, tocou na alternativa Austin, nos EUA, e no All Tomorrow’s Parties, na Inglaterra, como convidado do músico canadense Caribou, curador daquela edição. Nesse mesmo ano, fez três remixes para o disco “Biophilia”, da cantora Björk. “Wenu Wenu”, seu primeiro disco em estúdio, foi produzido por Kieran Hebden (mais conhecido como Four Tet) e lançado por um selo britânico em outubro de 2013.