Oficialmente sem ser “convidado” pelo Brasil, Blur enfim solta “The Ballad of Darren”, o bom novo disco que reflete sobre a velhice da própria banda

Oficialmente fora do Primavera Sound Brasil, porém confirmado em diversos festivais em países vizinhos, o Blur soltou hoje, enfim, o aguardado “The Ballad of Darren”, primeiro disco do grupo em oito anos, o de número nove na importante carreira de um dos conjuntos mais legais da música alternativa moderna. Até o Liam Gallagher concorda.

O novo projeto dos ingleses, sucessor de “The Magic Whip”, tem 10 faixas novinhas, puxadas pela linda “The Narcissist”, e é uma espécie de reflexão do quarteto fazendo música enquanto envelhece junto.

“Quanto mais velhos e doidos ficamos, se torna necessário que o que tocamos seja carregado das mais certeiras emoções e intenções”, disse o Damon Albarn na época do anúncio do disco.

“The Ballad of Darren”, em sua pouco mais de meia hora de duração, vem sendo bastante elogiado na gringa. Até a exigente bíblia indie Pitchfork deu uma singela 7.2 para a obra, destacando que “os ícones do Britpop contemplam a turbulência e a inércia da meia-idade em um álbum de reunião meticulosamente polido”.

No entanto, quem talvez tenha melhor resumido o trabalho foi o baterista Dave Rowntree, que admitiu: “As canções sarcásticas que escrevemos sobre os velhos quando tínhamos 20 anos agora são dirigidas a nós mesmos. Lembro-me de pensar na época: ‘essas pessoas não sabem de nada. Eles nem sabem que estão vivos!’”.