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* O título é o que é, entende? Mas também pode ser uma metáfora do indie. Compliquei?
* Embora eu seja paulistano, não é minha “pegada” sonora predileta, mas o vídeo da banda O Terno, daqui da capital, para a música “66” é espetacular. Se você “vestir” O Terno só por essa música, você encontra um humor sonoro bem paulistano típico de bandas da inteligentsia local velha guarda, como Rumo e Premeditando o Breque, dos anos 80. E até Mutantes. Olhando para a cara da moçada nova do trio, é incrível ver uma coisa tão velha e datada com um gás revigorado e atual sem cair na caricatura. Sanguinho novo mesmo.
A letra esperta fala bem disso, da dificuldade de uma banda indie de fazer uma letra (e música) esperta (s): “O que é que eu vou cantar já foi cantado por alguém. Além do que tudo que é novo hoje em dia falam mal. Então não sei o que devo fazer”.
Claro que a aproximação de Maurício Pereira, d’Os Mulheres Negras, entrega muito do som e do estilo d’O Terno (falando por “66”). Nada é tão à toa assim.
Um dos melhores vídeos indies que eu vi recentemente. E a música vira incrível no minuto 2:22, até o fim. 🙂
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