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* Uma das bandas mais emocionais do rock independente americano, o incrível Walkmen, vai acabar. Se não acabar, vai parar por um looooongo tempo. “Extreme hiatus”, como eles anunciaram. “Não nos vemos juntos fazendo um disco novo no futuro”, disse um dos integrantes.
O último show aconteceu quarta à noite na Filadélfia, no Union Transfer, lugar em que em um belo dia vi um show do White Stripes, entrevistei o Jack e a Meg White, com o Jack empurrando a Meg para ela responder alguma das perguntas que eu fazia. Mas ela ficava muda, só olhando para a minha cara e ele acabava respondendo. Enfim, o Walkmen.
Banda de Nova York de rapazes de alta classe, superbem vestidos e que gostavam/gostam de tirar seu som de instrumentos vintages, o Walkmen percorreu uma carreira de 13 anos no underground americano. Eu curtia o nome chick de seus integrantes: Paul Maroon, Walter Martin, Matt Barrick, Peter Bauer e Hamilton Leithauser.
Leithauser é um frontman impressionante. Canta com um sentimento aflorado capaz de estraçalhar na plateia até corações bem resolvidos. Sua grande marca é a veia no pescoço, que saltava de modo absurdo na hora dos refrões emotivos de suas músicas. Tanto que, juro, me desconcentrava em shows do Walkmen, até. Achava sempre que era a última música que ele cantaria.
No show da Filadélfia, o último, eles tocaram 13 músicas. Uma para cada ano da banda. A derradeira da noite, derradeira do Walkmen, foi a maravilhosa “We’ve Been Had”. Antes tem “It Won’t Be Long”.
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