O mundo contra Morrissey. As recentes polêmicas envolvendo o (ex?) maior britânico vivo

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Um dos seres humanos mais idolatrados de todos os tempos, Steven Patrick Morrissey viu seu conceito diminuir nas últimas semanas devido às diversas novas polêmicas em que se envolveu, fato comum em sua carreira de quase quatro décadas, mas agora com desdobramentos algo mais profundos.

O grande reclame da sociedade em cima do cantor e compositor britânico de 58 anos se deu a partir de uma entrevista publicada no jornal alemão Der Spiegel, para o qual Moz, entre outras declarações, teria dito que o ator Kevin Spacey estava sendo “atacado desnecessariamente” pelo grande público em decorrência das denúncias de assédio sexual que ele teria cometido ao longo dos anos.

Na mesma matéria, Morrissey teria dito que, pela segurança da humanidade, “mataria Donald Trump”, presidente dos Estados Unidos. Algumas semanas depois, enfim, o inglês utilizou suas redes oficiais para se pronunciar.

Moz negou que tenha falado neste tom sobre os dois assuntos em questão e começa, na nota, dizendo que “cometeu um erro” ao permitir que a publicação alemã entrasse em sua vida. E finaliza informando que nunca mais dará entrevista para o que ele chama de “imprensa escrita”. O cantor ainda informou que solicitou o áudio não editado ao jornal, mas teve o pedido recusado.

“Será que eu mataria Donald Trump? Não, nunca.
Será que eu apoiaria as inclinações privadas de Kevin Spacey? Não, nunca.
Será que eu apoiaria o abuso de crianças? Não, nunca.
Será que eu apoiaria o assédio sexual? Não, nunca.
Será que eu apoiaria a violação? Não, nunca.
Será que o Der Spiegel reproduziu corretamente os meus pontos de vista? Não, nunca.
Será que eu voltarei a falar para a imprensa escrita? Não, nunca”.

Em meio às polêmicas com a entrevista ao Der Spiegel, Morrissey também tem enfrentado a ira de parte dos seus fãs americanos. É que recentemente, o cantor cancelou/adiou ao menos três apresentações nos Estados Unidos, algo que se tornou frequente nesta década.

No início de novembro, por exemplo, o cantor inglês cancelou uma apresentação em Paso Robles, na Califórnia, alegando que o sistema de aquecimento do anfiteatro local (já com grande público) não estava funcionando e que, com a temperatura de 10 graus, seria impossível realizar a apresentação.

Na semana passada, alegando problemas de saúde de alguém da sua equipe, sem detalhar quem, Moz cancelou apresentações na Filadélfia e em Boston. Dias depois, fez o mesmo e cancelou um dia antes um show de Natal para a rádio KROQ, em Los Angeles, cidade onde vive. No mesmo evento, o Killers se arriscou e fez uma cover de “This Charming Man” em homenagem ao cantor. Ou à ausência dele.

Um levantamento feito pelo site Consequence of Sound aponta que, nos últimos cinco anos, Morrissey cancelou ou adiou ao menos 127 shows. Vale lembrar que neste meio tempo o Brasil foi afetado, em 2013. E vale lembrar, ainda, que Morrissey passou por diversos problemas de saúde, incluindo uma úlcera considerada grave e um câncer no esôfago, em 2014.

Para 2018, Morrissey tem passagem aguardada pelo Brasil e América do Sul no mês de abril. Ele retoma seus shows em fevereiro, quando fará uma turnê em arenas no Reino Unido, começando por Aberdeen. Isso se…

De notícia boa mesmo, apenas o vídeo de “Jacky’s Only Happy When She’s Up on the Stage”, single de seu mais recente álbum, “Low In High School”, lançado mês passado, em que Moz faz o que sabe de melhor: encantar com sua arte.

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