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Se o Radiohead em algum momento pensou em encarar o fim do mundo com muita calmaria no interior de São Paulo, o mesmo não se pode dizer da galera peso pesado do Prodigy. A banda inglesa de electro-punk resolveu fazer uma espécie de “esquenta” para a chegada do apocalipse e realizou três shows esgotadaços na tradicional e charmosa Brixton Academy, em Londres, entre os dias 18 e 20 de dezembro.
A série de shows, intitulada “End of the World Extravaganza” pode ser lançada neste ano em DVD, já que os três shows foram filmados com “câmeras especiais”. O Prodigy é um dos responsáveis diretos pela popularização da cena eletrônica do final dos anos 90 e tem mais de 20 anos de estrada. Liderado pelo produtor e compositor Liam Howllet, mas com a cara de seu vocalista “palhaço punk” Keith Flinth, o grupo está trabalhando em um novo disco que deve ser lançado no segundo semestre.
Como o mundo não acabou, a banda já tem alguns shows marcados para este ano. Em março, eles embarcam para uma turnê pela Austrália e Malásia. No meio do ano, estrelam alguns dos principais festivais do verão europeu, como o Rock Am Ring alemão e o Main Square francês, onde prometem testar as novas músicas.
Os shows do Prodigy, sempre punks, chegam a dar medo. Lembro que na lendária apresentação deles no gigante Skol Beats aqui, o chão tremeu e eu demorei alguns dias para me recuperar. Parecia que eu havia sido atropelado por uma carreta. Deve ter sido o mesmo “sentimento” de quem foi aos shows na Brixton Academy, como podemos ver no making of das apresentações liberado pela banda. Quase que o mundo acaba antes da hora em Londres.
Serge Pizzorno, guitarrista do Kasabian, cheio de energia para o fim do mundo, dois meses após dar o bolo nos latinos