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* Popload em Barcelona. E o ataque está definido. É Messi, Neymar, Lúcio e Suárez.
* Barcelona, na Espanha, uma das cidades mais incríveis do mundo, está com uns dias movimentados, viu? Olha hoje e amanhã. O Primavera Sound 2015 está espalhando umas 200 bandas (não contei, acho que por aí) para tocar no absurto Parc del Fòrum, no distinto museu Macba, em parques, salas e clubes. Hoje, sexta, tem AC/DC aqui, num estádio, nada a ver com o festival. Amanhã, no campo do Barcelona, o melhor time das galáxias, que possui um ataque inversamente proporcional ao do Palmeiras, tem final da Copa do Rei, ou del Rey, a “Copa do Brasil” deles, com “alguma” história a mais que o torneio brasileiro.
Vai ser uma partida “diferente”, bizarra. Será entre Barcelona e o Athletic Bilbao. Encontro de nações, todas dentro da Espanha. Cataluña vs. País Basco. Acontece que o mando do jogo, embora o estádio pertença ao Barcelona, é do Athletic, por sorteio acho. E está sendo esperada a chegada, a partir de hoje, de 62 mil bascos. Até mais, porque vários estão vindo mesmo sem ingresso para a final (12 mil pessoas, dizem). A torcida do Barça, visitante, vai ficar atrás de um dos gols, com 37 mil fãs e 30 mil cartolinas para um de seus famosos mosaicos. A maioria, em pleno Camp Nou, vai pertencer à torcida do Athletic.
A três quilômetros do estádio tem uma dessas fan zone, que fica numa região da Universidade de Barcelona, que abrigará um verdadeiro parque temático do Barcelona, com telões gigantes para o jogo, lojas, barracas de comida. É onde ficará “o grosso” da torcida local, já que amanhã os locais são visitantes. A fan zone deve ser o destino também de boa parte dos 12 mil athleticanos sem ingresso, possivelmente. Confusão?
Quer um final de semana agitadinho? Vem para Barcelona.
* Ontem começou a parte “para valer” do Primavera Sound e seus oito palcos (dois palcos gigantescos, palco do lado do mar, palco escondido, palco dentro de loja, palco sem palco). Um dos destaques do dia foi o show do inglês luxo Baxter Dury, que eu amo. Personagem exótico e doce do indie britânico, senhor de 43 anos, canta de terninho, meio sem jeito diante do microfone, tem poucos discos lançados, letras mais românticas que a do Father John Misty, é filho de ídolo do punk rock, canta como se falasse, tem um daqueles sotaques geniais do Reino Unido e bota ele puro na música. Este é Baxter Dury. E ontem, num dos palcões do Primavera, parecia bebaço no palco. Falava “espanhês” o tempo todo, dava gargalhada, fazia dancinha bizarra. Cantou algumas poucas e boas de seu mais recente disco, “It’s a Pleasure”, obra-prima da fofura, que rendeu lindos videoclipes e uma camiseta com um cisne (ganso?) na frente que eu procuro por todo o lugar e não encontro. Em resumo, um gênio incompreendido (não por mim, cóf). Temos 20 minutos do show de ontem, feito sob um sol razoavel para um quarentão de terno e cheio das dancinhas. O vídeo, a reta final do concerto, começa exatamente com seu último hit, “Pleasure”. E na sequência tem a maravilhosa “Whispered”. Sempre um prazer, mister Dury. Ah, botei um mal gravado vídeo que eu fiz da clássica “Palm Trees”, em ritmo mais lento. Que beleza tudo isso.
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