CENA – Definido na indefinição, positivo na negação, vivo mas sem “live”, Festival Novas Frequências anuncia sua edição X

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* Na terra dos festivais indies (temos uns 200 festivais alternativos no Brasil, quando o mundo deixa ter), o mais indie de todos é disparado o Novas Frequências, evento anual carioca cria do iluminado Chico Dub, guerreiro e resiliente em juntar música esperimental e arte sonora há dez anos.

O Novas Frequências 2020, que acontece nos ares internéticos do Rio de Janeiro, chega agora em dezembro exatamente a sua décima edição. O “X” vai ser o seu tema. Toma essa Foo Fighters e seu disco X. Vai ser de 1º a dia 13, juntando artistas de 13 estados do Brasilzão zoado e terá transmissão no site do festival.

Segundo informa o festival, o “formato digital apresenta 43 propostas comissionadas, ou seja, realizadas especialmente para o Novas Frequências. Num momento onde a arte performática presencial se encontra em estado de suspensão devido à pandemia de Covid-19, a estratégia adotada pelo festival é de não realizar ‘lives’ ou outros formatos de música ao vivo, mesmo que virtuais, com fins de buscar novos formatos de apresentação. Respeitando um dos conceitos mais caros ao Novas Frequências, que é o alargamento das fronteiras sonoras, a decisão encontrada é a de não substituir o presencial através de emulações ou simulacros — mas criar outras formas de apresentação apoiadas em vídeos pré-produzidos e conteúdos multilinguagem: trabalhos audiovisuais, videoarte, curta-metragem, vídeo-ensaios, experimentos com som imersivo, podcasts, websites, dentre outros”.

Sacou? Afinal, é o Novas Frequências.

De olho na inspirada safra carioca de música boa atual, o NFX vai ter Negro Leo (veja bem, artista maranhense que reside agora em SP e vai participar do festival com um curta-metragem), Thiago Nassif, a sonora-visual Marta Supernova e por aí vai. O grande elenco do Novas Frequências X está no lindo pôster do festival, abaixo.

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O “X”, de dez, que marca o aniversário e o conceito do Novas Frequências deste ano, serviu como inspiração linda ao curador Chico Dub da seguinte maneira: “Referência imediata ao número romano, mas também ao ‘X’ de indefinição, de incógnita, de oposição, de enfrentamento, de ruptura, de negação, de colaboração, de pluralidade, de feminino, de não-binarismo e de tantos significados imbuídos neste símbolo tão rico e potente”.

O Novas Frequências X, pela primeira vez, vai ter programação 100% brasileira. O esperto Instagram do festival traz descritivos de todas as atrações.

** A foto que ilustra a chamada da home da Popload para este post é da dupla Fronte Violeta, de SP, atração do NFX.

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