Um ano depois de surpreender geral com o ótimo “Songs of a Lost World”, primeiro álbum em 16 anos , o The Cure parece pronto para continuar a fase mais criativa da banda em décadas. Uma atualização recente e um tanto escondida no site oficial revelou que Robert Smith e companhia voltaram ao estúdio em março deste ano para gravar 13 novas faixas, preparando o terreno para um sucessor do disco do ano passado.
A biografia atualizada da banda, que percorre toda a história desde a formação em 1976, termina com um parágrafo revelador: depois de lançar “Songs of a Lost World” em novembro do ano passado, o grupo passou parte de 2025 no lendário Rockfield Studios, no País de Gales, registrando novas músicas. A notícia reforça o que o próprio Smith já vinha adiantando há tempos de que o Cure tinha não apenas um, mas três álbuns em andamento desde 2019.

O lançamento de “Songs of a Lost World” foi um verdadeiro acontecimento: o álbum saiu em 1º de novembro e teve um show de estreia de três horas no Troxy, em Londres, transmitido gratuitamente para mais de um milhão de pessoas no mundo todo. O disco foi aclamado por fãs e pela imprensa, alcançando o topo das paradas em mais de 30 países e consolidando o retorno triunfal de uma das bandas mais importantes da história do rock alternativo.
Pouco depois, o Cure ainda lançou “Mixes of a Lost World”, um projeto colaborativo com nomes como Four Tet, Orbital, Chino Moreno, Mura Masa e Mogwai, revisitando e reinventando as canções do disco original em versões experimentais e eletrônicas, dialogando com uma galera mais “moderna”.
Entre um estúdio e outro, Robert Smith ainda encontrou tempo para subir ao palco do Glastonbury 2025 ao lado de Olivia Rodrigo, em uma parceria inesperada que mostrou o quanto o som do Cure segue influente para novas gerações. Pouco depois, ele retornou ao estúdio para trabalhar na edição e remixagem de “The Show of a Lost World”, o filme-concerto que deve registrar essa nova fase da banda. Outra novidade, no caso.
Aqui e ali, o Cure já confirmou um bom número de shows a céu aberto no verão europeu do ano que vem em cidades como Berlim e Dublin, além de encabeçar line-ups de festivais como o espanhol Primavera Sound e o belga Rock Werchter.
Vai, Bob.