Na noite do Grammy, Popload Festival 2025 sai com quatro troféus

Vamos colocar assim: a premiação do Grammy é sempre aquela diversificação bizarra, a bajulação master da indústria musical americana, mas tem sempre as performances, os bafos, os discursos e, neste ano, alguns resultados bem sintomáticos.

Neste Grammy 2025, que aconteceu ontem em Los Angeles, mais conhecido também como o “Grammy da Beyoncé” (que finalmente conseguiu vencer o “Album of the Year” pela primeira vez em sua estupenda carreira, com seu disco de country), o Popload Festival 2025 só perdeu em número de troféus para o rapper Kendrick Lamar.

Hein?

Explicamos. Do line-up do nosso festival, a acontecer em 31 de maio em São Paulo, a St. Vincent conquistou três estatuetas e a Norah Jones, uma. O Kendrick Lamar, com sua treta com o Drake transformada em disco campeão, ganhou cinco troféus.

Outro destaque da noite foi os três grammys (menos que nós!!) que a cantora bombator inglesa Charli XCX levou com seu
“Brat”, culminando no final com a performance das incríveis “Von Dutch” e “Guess”. Nesta última, teve participação beijoquenta do americano The Dare, a aniversariante Julia Fox junto na bagunça do palco e a Billie Eilish (que participa do vídeo oficial) dançando loucamente na plateia.

Voltando aos troféus do Popload Festival, a guitarrista e cantora St. Vincent levou os prêmios de “Best Alternative Album” pelo discão “All Born Screaming” (lançado em abril de 2024), “Best Alternative Music Performance” pela música “Flea” e “Best Rock Song” para a faixa “Broken Man.” A headliner Norah Jones levou a estatueta de “Best Traditional Pop Vocal Album”, por seu lindão “Visions”, disco de março do ano passado.

O Grammy tem 90 premiações, pensa.

E outros acontecimentos notáveis/curiosos/engraçados do Grammy de ontem foi que os Rolling Stones ganharam do Idles, Jack White e Fontaines D.C. no “Best Rock Album”; os Beatles conquistaram o troféu de “Best Rock Performance” (!) batendo Green Day, Pearl Jam, Idles e a nossa St. Vincent; e o grupo metal francês Gojira bateram o supremo Metallica com a “Mea Culpa (Ah! Ça ira!)”, que faturou o prêmio de “Best Metal Performance” (a música que eles estrearam na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos).

Fica aqui nossa indignação com o fato de que, na categoria “Best Boxed or Special Something Package”, os diretores de arte da caixa “In Utero”, do Nirvana não tenham vencido.

Abaixo, um vídeo de quatro horas de várias das premiações do Grammy de ontem, para seu deleite. Atente para o discurso da St. Vincent, que surpreendeu a muitos e foi notícia forte de ontem à noite no site, depois de ganhar a “Best Rock Song”. Ela agradeceu esse troféu (e os outros) o oferecendo à “My wife Leah and our beautiful daughter”.

Depois desse vídeo, em tweets, temos as destacadas performances da britânica Charlie XCX e a elogiadíssima apresentação ao vivo da rapper americana Doechii, da Flórida, também um destaque da noite ao levar a estatueta de “Best Rap Album” no tradicional prêmio dominado pelos rappers masculinos peso pesados do hip hop americano.

A mixtape de Doechii, “Alligator Bites Never Heal” ganhou a categoria frente aos discos de J.Cole, Eminem, Common, Future, entre outros. Apenas outras duas mulheres conseguiram levar o Grammy anteriormente: Lauryn Hill (em 1997) e Cardi B (2019).


***
* A foto da St. Vincent usada neste post é da Getty Images, para o “Grammy”.