>>
* Se alguma coisa pode ser dita numa apresentação da novinha banda inglesa electropop Real Lies, trio londrino que faz um som nostálgico para uma pista de dança contida (hehe), é que eles já tiveram música tocada em DJ sets de caras como o b-a-d-a-l-a-d-i-s-s-i-m-o Jamie xx e o brilhante James Blake.
Uma das bandinhas mais legais da nova safra britânica, o Real Lies tem chamado tanto a atenção por suas músicas boas quanto por suas… roupas boas. Além de as poucas canções denunciarem o quão ingleses eles são, o jeito como se vestem no palco está sendo chamado de um “verdadeiro editorial de moda jovem típica de frequentadores de fim de semana dos bairros londrinos badalados, como Shoreditch ou Dalston”.
Banda que cabe tanto nas páginas etéreas da Popload como as reais de uma revista de moda, como por exemplo a da “Harper’s Bazaar” brasileira, o líder da banda, Kev Kharas, concedeu entrevista para a poploader Isadora Almeida exatamente com esse intuito. Sair aqui, sair na “Bazaar”.
“Nosso estilo é assim: acordamos de manhã e nos vestimos de forma a não parecermos idiotas. Seríamos algo como jogadores de futebol em férias e um pouco de Christopher Moltisanti na primeira temporada de Família Soprano”, brinca o talentoso Kharas.
Dia 16 de outubro agora será lançado o aguardado primeiro álbum da banda, chamado “Real Life”. Nesta semana, foi revelado o vídeo do novo single “Blackmarket Blues”. Quem não conhece a banda pode entender melhor o que eles são e querem ser a partir desse registro. Londres, madrugada, pós balada, luzes da rua. Auto-explicativo, direto. Como as coisas deveriam ser…
Leia aqui a entrevista completa que o Real Lies concedeu à Popload e “Harper’s Bazaar”.
Popload – Como você descreveria o primeiro álbum?
Kev Kharas – Ele está soando como algo entre Dj Sprinkles e Oasis.
As músicas e vídeos que vocês constroem transmitem um mix de sentimentos, tristeza e felicidade ao mesmo tempo. E mesmo soando as vezes como Pet Shop Boys e New Order vocês fazem um som único. O que você pensa sobre isso?
Nós achamos que somos únicos na indústria no momento. Nos comparam bastante com essas bandas, mas não achamos que parecemos, nem temos a intenção de parecer. Só acho que temos o mesmo processo de criação dessas bandas, se tanto: ir a baladas, viver a experiência e transformar em britpop.
A música que vocês fazem passa um sentimento especial, algo nostálgico. Mas tem ligação também com um prazer estético ao admirar uma pintura. Vocês pensa em transmitir esses sentimentos ao fazer uma canção?
Não sentamos para fazer música nostálgica. Mas uma vez nos disseram que nosso som parece uma “nostalgia do final de semana passado” e isso até que faz sentido. Mas nostalgia faz você esquecer quem é.
Como vocês definem o estilo/jeito de se vestir?
Jogadores de futebol de férias. Moltisanti na 1ª temporada (do seriado “The Sopranos”).
Vocês procuram se sentir confortáveis ou estilosos? Algum ícone fashion do mundo da música?
Nada além de levantar escolher algo que você não parece um idiota numa festa, rua ou pub. Nada além disso.
Brian Harvey e Paul Weller (na época do Style Council).
>>