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A história foi contada aqui na Popload, mas vale recapitular o principal. Novo herói do indie (norte-)americano e espécie de porta-foz de um desmiolado som de guitarras de uma turma que frequenta os guetos alternativos de Los Angeles à Nova Zelândia, o canadense Mac DeMarco está atualmente no país para uma série de sete shows, alguns deles já cumpridos. No meio desse rolê, surgiu um oitavo concerto literalmente de última hora, no Rio de Janeiro. Segunda passada.
DeMarco se apresentou oficialmente na cidade no último domingo, dentro da programação do MIMPI Festival Film – Festival Internacional de Filmes de Surfe e Skate. O detalhe é que o show foi para apenas 50 pessoas. Fãs do cantor residentes na cidade, descontentes com o número super restrito de ingressos, resolveram criar um movimento – “Barrados no Mac” – com o intuito de sensibilizar a produção do cantor para a realização de um show extra. Deram a ótima ideia, ainda, de arrecadar donativos para as vítimas da enchente em Mariana, Minas Gerais.
No meio dessa ideia maluca (e genial) toda, o grupo procurou “canais de mídia independentes”, como eles mesmo dizem, para ajudar na divulgação da campanha. A gente sabe que DeMarco está longe de ter “70 mil fãs” esperando por ele no Rio. Talvez o Bono ou o Paul McCartney tenham. Mas isso não ofusca o pequeno fenômeno que esse moleque canadense tem se transformado.
A campanha acabou dando certo e DeMarco fez um show especialíssimo, gratuito e concorrido, em um espaço na Barra da Tijuca, que com a iniciativa acabou abarrotado de fãs apaixonados, insanos e que se entregaram à experiência, tal qual o cantor, o que fez de uma noite besta de uma segunda-feira qualquer um programa histórico para algumas dezenas de fãs.
As fotos que ilustram este post são do incrível coletivo I Hate Flash.
O canadense ainda tem quatro shows marcados no Brasil nas cidade de Porto Alegre (hoje, no Opinião), Curitiba (26, Coisarada Festival), Recife (28, Clube Atlântico de Olinda) e Brasília (29, Parque da Cidade).
Isso se não aparecer outro show pelo caminho, dada a comoção que o canadense tem provocado no país, seja para 70 ou 70 mil fãs. Afinal, Mac é um furacão por onde passa. Não chega a ser o Macca. Mas, dentro do que ele se propõe a fazer e dada a devoção latente e crescente por ele, é como se fosse.
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