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* Tenho aqui uma historinha com David Bowie, se você está a fim de lê-la. Publiquei ela hoje na Folha de S.Paulo, reproduzo abaixo:
Em uma certa ocasião, David Bowie discutiu a origem do meu nome: “Lúcio”. Para mim, na minha frente.
Foi em Nova York, 2006, num evento de uma companhia de celular que tinha bancado minha viagem enquanto repórter de música da Folha, para o lançamento de um modelo novo de aparelho e de um serviço virtual de música chamado International Community of Music Connoisseurs – The Music Recommenders, que consistia em curadoria e parceria com lojas independentes de música. Foi uma das primeiras iniciativas efetivas, que, eu me lembro, de juntar celular, internet e música. No caso, a empresa era a Nokia.
Não vingou muito como plataforma. Mas sua existência me levou a apertar a mão de David Bowie. Tudo certo.
No tal grande acontecimento em Nova York, do qual o lendário cantor britânico esteve presente por ser o “godfather” contratado para dar cara à iniciativa, estava presente a imprensa do mundo todo. Ainda aconteceria um show privado do grupo Gnarls Barkley, grupo de Danger Mouse e CeeLo Green, que havia lançado seu álbum de estreia na época e bombava nas paradas, rádios e pistas.
Enfim, em algum momento da festa uma das assessoras brasileiras que chefiava a comitiva de jornalistas tupi me disse, à boca pequena:
“O Bowie vai receber umas poucas pessoas para um encontro rápido no backstage”, você gostaria de participar?”. Resposta óbvia.
Era, pelo menos para mim, como conhecer uma divindade. E o cantor tinha “uma luz” que fazia tremer e suar só de chegar perto.
Hábil no esquivo de colegas mexicanos e chilenos ouriçados para estar cara-a-cara com David Bowie, a assessora brasileira conseguiu me empurrar para a frente do músico, meio que na marra.
“David, este é o Lúcio, jornalista de São Paulo, Brasil.”
Segurando minha mão no aperto mais elevado que eu consegui em vida, comigo vidrado nos olhos “diferentes” dele, ele falou:
“Lúcio? Seu nome é italiano? Significa luz, não? Pessoa iluminada. Sei um pouco de latim. É essa a origem, não?”, ele perguntou, me dando uma trela inacreditável diante de muitos “súditos” querendo a mesma sorte.
“Pelo que eu li, é isso mesmo. Também é o nome de um peixe enorme, que ataca como um crocodilo e pode viver mais de 30 anos”, respondi ao Bowie.
Ok! Talvez não fosse a melhor condução de conversa para um primeiro encontro com um ser humano desse tamanho e importância. Mas o que eu poderia dizer mais, naquela brevidade?
** A foto deste post e da home foi tirada por mim em 2006, roubada, no backstage do Nokia Theathre, em Nova York, durante o evento acima descrito, quando eu, digamos, conheci o cantor pessoalmente. Era estritamente proibido tirar fotos lá, a pedido da entourage de David Bowie. Mau, Lúcio. Mau.
Mas…
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Eu não lavaria essa mão mais nunca na vida 😉
<3
Você conheceu uma divindade, parabéns!!!