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Thomas Mars passou certo aperto diante da catarse coletiva que foi o show do Phoenix em terras chilenas
Lolla loucura no Chile. A brincadeira musical séria do Perry Farrell em território latino começou neste fim de semana nos arredores de Santiago, no Chile, onde mais de 80 mil pessoas conferiram mais uma edição do Lollapalooza local. Com poucas diferenças substanciais no line-up em relação ao evento brasileiro, o Lolla Chile teve o Red Hot Chili Peppers entre os headliners, posto que será ocupado pelo Muse no Brasil. Eles também não tiveram o Disclosure, por exemplo.
No mais, as atenções dos chilenos e da imprensa local caíram mais em cima do show art-rock do Arcade Fire, do “pesado” Soundgarden, da onda nostálgica de Pixies, Johnny Marr e New Order e do novo respiro da música que tem a Lorde como seu maior expoente. O Phoenix, como denuncia a foto que abre o post, fez o show mais “interativo” com a galera. E foi inevitável rolar uma certa comparação entre o “velho” Johnny Marr e o “novo” Julian Casablancas.
O comentário geral foi que Marr botou no bolso não só o vocalista dos Strokes, mas boa parte das atrações do evento. Ele, que quase não veio para a América do Sul por causa de uma fratura sofrida na mão no início do mês, desfilou canções de seu disco de estreia solo “The Messenger” e passeou pelo seu rico catálogo antigo com os Smiths, botando em cena faixas clássicas como “Stop Me If You Think That You’ve Heard This One Before”, “Bigmouth Strikes Again”, “How Soon Is Now” e “There’s A Light That Never Goes Out”. Marr ainda emendou “Getting Away With It”, hit do duo Electronic, que ele formou com Bernard Sumner (New Order) no início dos anos 90.
Por outro lado, Julian Casablancas não teve a mesma “sorte” do virtuoso guitarrista britânico. Em nova fase na carreira com o projeto “the Voidz”, o vocalista dos Strokes, que lança seu segundo disco solo agora em abril, teve show bastante criticado, a exemplo do que ocorreu no South by Southwest, há algumas semanas. A maior crítica por parte de quem viu e desistiu do show ainda na metade é que, além de algo não estar rolando direito, o sistema de som tem sido um dos principais culpados pelo show morno do cantor. Dizem, mal se ouve a voz do Julian e alguns instrumentos ficam com o volume no talo. As canções, já meio, hã, “confusas”, ficam praticamente inaudíveis. Essa foi a reclamação de muitos fãs que assistiram Julian em um dos sideshows do festival, em uma casa fechada. Pensaram que o problema da equalização de som poderia ser do lugar. Mas o problema se repetiu ao ar livre no Lolla. Chegaram à conclusão de que algo anda errado com o Julian.
Abaixo, algumas fotos da galera se divertindo no parque O’Higgins e outros cliques de shows incríveis que vão passar por Interlagos no próximo fim de semana. Quem não quer uma máscara tipo a do Win Butler?
* Fotos: Emol / IRock / Boris Yaikin
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